Junior Serra, presidente do Sindifícios, morreu enquanto estavam em fila de ambulância no Hospital Carlos Chagas
O sindicalista Junior Serra, presidente do Sindifícios (Sindicato dos Trabalhadores em Condomínios e Edifícios Comerciais e Residenciais) de Guarulhos, faleceu na tarde de terça-feira (9), em decorrência da covid-19, enquanto aguardava um leito de UTI para covid-19 em uma fila de ambulâncias que estava na porta do Hospital Carlos Chagas, no Centro.
Serra, de 49 anos, estava internado em uma clínica da Next Seisa e sua situação era grave, com boa parte do pulmão já comprometido e precisava ser transferido para um leito de UTI. Inicialmente ele seria transferido para Jundiaí, mas devido à gravidade de seu caso, com risco de morte durante a transferência médica, ele conseguiu uma vaga no Hospital Carlos Chagas.
Serra estava em uma das três ambulâncias de pacientes que faziam fila em frente ao hospital na tarde de ontem. Ele teve uma parada cardíaca ainda dentro do veículo e foi socorrido. Ele chegou a sobreviver a esta primeira parada, mas voltou a ter novamente o problema e não resistiu. Serra deixa a esposa e dois filhos.
O deputado Márcio Nakashima (PDT) deixou uma homenagem ao amigo em suas redes sociais.
“#Luto | Ainda está difícil acreditar que perdi o meu grande amigo e parceiro de vida Junior Serra. Ele é mais uma vítima da Covid19, essa terrível doença que tanto nos assombra. Dono de um humor incrível, daqueles amigos que sempre levantam seu astral. Que sempre têm o conselho certeiro. Ahh já está fazendo tanta falta! Serra partiu deixando-nos lições de determinação, coragem e amizade. Era querido por todos. E todos, de forma especial, estão profundamente abalados com a sua partida precoce”.
Conforme noticiado pelo GRU Diário, o Hospital Carlos Chagas, assim como outros hospitais de redes particulares, como o Nipo Brasileiro e a Unimed Guarulhos, sofrem com a falta de leitos devido a alta demanda de pacientes contaminados pelo novo coronavírus.
A Prefeitura conseguiu baixar a ocupação de leitos na rede pública para 80%, mas somente por conta do aluguel de 29 leitos na rede privada. O hospital estadual Padre Bento, no Jardim Tranquilidade, entrou em colapso, enquanto o Hospital Geral de Guarulhos, no Cecap, tem ocupação de 95%.