Sindicato afirma que decisão deixará 4,7 mil pessoas desempregadas; Prefeitura afirma que empresa dá prejuízos anuais acima de R$ 200 milhões
Funcionários da Progruaru (Progresso de Desenvolvimento de Guarulhos), convocados pelo Sindicato dos Servidores de Guarulhos (Stap), fizeram um novo protesto na tarde desta quarta-feira (26) contra a extinção da empresa em frente à Prefeitura, no Bom Clima.
O fechamento da Proguaru foi aprovado na Câmara Municipal, em dezembro do ano passado, por 24 votos favoráveis e 9 contrários. Na ocasião, houve protestos na Câmara Municipal. Um funcionário da empresa chegou a ser preso por suspeita de incendiar um ônibus.
Com a extinção da empresa, 4,7 mil funcionários podem perder o emprego, sendo 4,3 mil concursados – contratados pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) – e 500 comissionados.
Os trabalhadores começaram a se reunir por volta das 17h no Paço municipal com cartazes e faixas. A auxiliar de serviços gerais, Valdiria dos Santos Marques, trabalha há 13 anos na empresa e esteve no ato. “Vim protestar e defender meu ganha pão. Faço meu serviço com empenho e amor, não admito a demissão”, contou.
O presidente do Sindicato dos Servidores de Guarulhos (Stap), Pedro Zanotti, falou que manter os empregos é prioridade. “Temos que lutar. E essa luta tem que ter um objetivo maior. É convencer o Guti que não deve acabar com a Proguaru. A Proguaru tem 4,6 mil pessoas. E vai atingir por baixo 60 mil guarulhenses. O Stap vai fazer de tudo para que isso não aconteça. E de todas as vitórias que esse Sindicato teve, pode ter certeza que a maior será a não extinção da Proguaru”, afirmou.
Em 15 de janeiro, a desembargadora Luciana Almeida Prado Bresciani, do Tribunal de Justiça de São Paulo, acatou recurso da Prefeitura de Guarulhos e derrubou liminar que impedia o processo de extinção da Proguaru por meio da lei 7.879/2020.
A Prefeitura alega que a empresa é deficitária e que soma prejuízos de R$ 200 milhões. Na aprovação do projeto, foi incluído uma exigência de que a empresa só poderá ser extinta caso um estudo, a ser contratado pela Prefeitura, confirme que não há mais como salvara empresa.