Interventor deverá apresentar relatório de auditoria e poderá “dar início ao processo de liquidação da sociedade”
Por meio de decreto publicado no Diário Oficial desta terça-feira (26), o prefeito Guti (PSD) nomeou o secretário da Fazenda, Ibrahim El Kadi, como o interventor que poderá, ao final do processo, iniciar a extinção empresa.
De acordo com o decreto, a intervenção afasta toda e qualquer ingerência dos administradores da sociedade na administração dos bens e serviços e faculta a requisição, pelo Município, de todo o acervo material para apurar as razões da inadequada e imperfeita prestação dos serviços da empresa e realizar auditoria na sociedade, para apurar o real custo operacional dos serviços.
A medida tem prazo válido por 12 meses e pode ser ampliada para mais 12. Com a decisão, o interventor terá plenos poderes, como nomear e demitir, requisitar dados e balancetes, entre outras funções, dentro da empresa de capital misto.
“Finalizado o relatório de auditoria, nos termos do §3º, do artigo 4º, do presente Decreto, com
apresentação dos devidos relatórios, poderá o interventor dar início ao processo de liquidação da sociedade”, diz o decreto.
Na tarde desta terça-feira, funcionários da empresa, convocados pelo Stap (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal), para pressionar o prefeito contra a extinção da empresa, que deve ocasionar 4,7 mil demissões.
“Espero que o interventor seja uma pessoa que indicar o que pode melhorar nas finanças da empresa, e não apenas aquele que vai liquidar a Proguaru“, afirmou Pedro Zanotti, presidente do Stap ao GRU Diário.
A Prefeitura alega que há um prejuízo anual, em 2019 e 2020, de R$ 200 milhões.