Na festa de inauguração da nova Câmara, funcionários da Proguaru pressionam vereadores a votar contra extinção da empresa
A GCM (Guarda Civil Municipal) utilizou spray de pimenta para dispersar servidores da Proguaru que tentavam avançar na nova sede da Câmara Municipal, na Vila Augusta, que está sendo inaugurada na noite desta quinta-feira (17). A informação foi publicada pelo jornalista Pedro Notaro, do Radar de Notícias.
Houve também empurra-empurra com os manifestantes, que pressionam os vereadores a rejeitarem o projeto de lei, enviado pelo prefeito Guti (PSD), que prevê a extinção da empresa de economia mista em 2021.
A Proguaru possui 4,7 mil funcionários, sendo 4,3 mil concursados – contratados pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) – e 500 comissionados. Após o confronto, os servidores continuavam na frente do novo prédio do Legislativo, com palavras de ordem contra o fim da empresa, que tem 40 anos no município. Eles criticam também outro projeto de Guti que permite a terceirização de alguns serviços na rede municipal de Educação.
De acordo com a gestão municipal, a Proguaru é uma empresa deficitária desde 2013. O governo avalia que, se aprovar o fechamento da empresa, será possível pagar os direitos trabalhistas dos funcionários. A Prefeitura aponta ainda que a Proguaru entraria em falência naturalmente nos próximos anos.
Durante o dia, milhares de funcionários da empresa protestaram contra o projeto na frente do antigo prédio, onde os vereadores iniciaram a discussão da proposta, no Centro. O Sindicato dos Servidores (Stap) avalia convocar greve geral e ingressar com ações judiciais contra a demissão dos trabalhadores.