Levantamento de tutores apontam mais de 50 cachorros vítimas de intoxicação de produto fabricado em Guarulhos
A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou, nesta segunda-feira (5), que cerca de 40 cães morreram após ingestão de petiscos da empresa Bassar Pet Food, localizada na Cidade Satélite, em Guarulhos. Já o levantamento de tutores, aponta que mais de 50 animais foram vítimas de intoxicação pode ser muito maior.
“Hoje foi registrada mais uma ocorrência de óbito, além de outras internações. Em Belo Horizonte, já são oito casos de óbitos e tem chegado ao meu conhecimento várias outras mortes Brasil afora, cerca de 40 até o momento”, disse a delegada Danúbia Quadros, em comunicado à imprensa.
A delegada reforça que o tutor deve procurar a delegacia mais próxima em caso de suspeita.
“É importante que o tutor procure a delegacia mais próxima, leve o produto para que seja investigado se realmente se esse óbito, essas intercorrências se deram em razão da ingestão do petisco”, alerta.
Os cães têm apresentados sintomas após a ingestão do petisco como convulsão, diarreia, vômito e prostração.
Na última sexta-feira (2), o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) determinou, nesta sexta-feira (2), a interdição da fábrica Bassar por suspeita de ingestão de dois lotes contaminados com monoetilenoglicol.: o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467).
Já nesta segunda-feira (5), o ministério estabeleceu a fiscalização dos estabelecimentos distribuidores e o recolhimento nacional de todos os lotes de produtos da empresa.
Tutores se unem
A advogada Nayele Guidetti, que mora na capital paulista, começou a organizar um grupo na rede social com os tutores que perderam seus cães após o consumo do petisco. No começo de agosto ela perdeu o Zeca, um buldogue francês de 8 anos que teve uma grave crise renal repentina e mesmo com toda a assistência hospitalar, não sobreviveu.
Nayele só associou o que aconteceu com o Zeca quando as primeiras notícias de intoxicação pelos petiscos vieram à tona, um mês depois da morte do animal. Os primeiros casos foram identificados pela polícia civil de Minas Gerais.
Em nota, a Bassar Pet Shop disse que interrompeu toda a produção de sua fábrica até que sejam esclarecidas as suspeitas de contaminação. A empresa também enviou amostras de produtos a laboratórios para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação e prestou solidariedade aos tutores de pet.
(Com informações da Agência Brasil)