Prefeito afirma que bancou R$ 36 milhões de dívidas da gestão petista com a categoria
Em live nas redes sociais nesta sexta-feira (28), o prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), acusou o Stap (Sindicato dos Servidores de Guarulhos) de mentir para manter uma “greve ilegal” dos professores. Ele disse que não há nenhum educador na rede municipal de ensino com vencimentos abaixo do piso nacional.
“Dos 6 mil professores, existiam entre 120 e 130 com salários abaixo do piso. Muito antes de eclodir qualquer greve, o pleito do sindicato foi atendido”, afirmou Guti.
O prefeito enalteceu ainda que, em sua gestão, nunca atrasou o pagamento de salários. Ele disse também que, em 2017, quando assumiu o Paço Municipal, teve que arcar com uma dívida de R$ 36 milhões com a categoria, entre abonos e outros direitos, que não foram quitados pelas gestões petistas.
Guti chamou a greve de ilegal porque o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a multa diária de R$ 10 mil ao Stap por cada dia de paralisação, além de autorizar a Prefeitura a descontar os salários dos educadores que aderirem ao protesto.
O Stap cobra a aplicação do piso nacional do magistério na educação de Guarulhos. O entendimento do sindicato é que, como houve aumento de 15% do piso em janeiro, a Prefeitura deve aplicar o mesmo índice a todos os professores.
A Prefeitura argumenta que dos 6 mil professores, apenas pouco mais de 100 recebem salário inferior a R$ 4,4 mil, mas passaram a obter esse vencimento por intermédio de abono. A gestão municipal entende que o reajuste dos funcionários públicos municipais tem maio como data-base. Com o próximo aumento salarial dos servidores, não haverá professor da rede municipal com salário abaixo do piso nacional.