Sindicato assumiu multa diária de R$ 10 mil pelo movimento grevista
Diretores do Stap (Sindicato dos Servidores de Guarulhos) estão insatisfeitos com a baixa adesão à greve dos professores municipais, que teve início na segunda-feira (24). Em cinco dias, as escolas seguem abertas e o movimento tem adesão de cerca de 5% dos educadores.
Audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de São Paulo, ontem (27), terminou sem acordo entre a Prefeitura de Guarulhos e o Stap. O movimento realizou protesto nesta sexta-feira (28), na frente do Paço Municipal, no Bom Clima.
Em live transmitida pelas redes sociais, a secretária de Divulgação, Comunicação e Imprensa, Viviane da Silva, avalia que a política de abono é prejudicial para a carreira dos educadores e a categoria precisa se empenhar.
“Teve gente fazendo churrasco na rede. Se todo mundo estivesse na rua a greve teria acabado no segundo dia”, afirmou.
A diretora Paula Geraldelli reclamou de profissionais que fazem hora extra, o que considerou “absurdo”.
O Stap cobra a aplicação do piso nacional do magistério na educação de Guarulhos. O entendimento do sindicato é que, como houve aumento de 15% do piso em janeiro, a Prefeitura deve aplicar o mesmo índice a todos os professores.
A Prefeitura argumenta que dos 6 mil professores, apenas pouco mais de 100 recebem salário inferior a R$ 4,4 mil, mas passaram a obter esse vencimento por intermédio de abono. A gestão municipal entende que o reajuste dos funcionários públicos municipais tem maio como data-base. Com o próximo aumento salarial dos servidores, não haverá professor da rede municipal com salário abaixo do piso nacional.