Greve tinha sido iniciada na segunda-feira (15)
Funcionários da Proguaru decidiram encerrar a paralisação contra a extinção da empresa de capital misto durante audiência online com o MPT (Ministério Público do Trabalho), na sexta-feira (19), mas decidiram manter o estado de greve. O movimento foi uma sugestão do próprio ministério.
Entre os participantes da audiência, 57,31% acataram a proposta do MPT. A greve havia sido decretada em fevereiro, em assembleia realizada pelo Stap (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal) em frente ao Paço Municipal.
A extinção da Proguaru foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Guti (PSD) no final do ano passado, sob justificativa de sucessivos prejuízos acima de R$ 200 milhões nos últimos dois anos. A Prefeitura quer terceirizar os serviços da Proguaru por meio de outras empresas.
Mas a decisão impacta 4,7 mil famílias que perdem seus empregos. A Prefeitura afirma que pode absorver ou mesmo encaminhar os funcionários para as novas empresas, mas o sindicato nega que esta medida seja possível.
“Agora o Sindicato irá juntar o resultado da Assembleia no processo de Dissídio Coletivo de Greve, solicitando a reabertura da negociação, inclusive acerca dos dias parados. Caso a negociação seja infrutífera, os documentos juntados pelo Sindicato serão analisados pelo Relator a ser sorteado e o processo seguirá para julgamento”, disse Renata Grota, diretora jurídica do Stap.
A paralisação dos funcionários havia sido iniciada na segunda-feira (15), mas profissionais que atuavam na saúde, assim como metade do efetivo que atendem a Educação, não poderiam participar do movimento por decisão na jurídica.
Na Câmara, a um pedido de comissão especial de estudo proposta pelo vereador Edmilson Souza (PSOL). O presidente da Casa de Leis, Martello (PDT), acredita que é preciso enxugar a empresa e mantê-la aberta.