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Coronavírus e nossa insistência em criar surtos

máscara coronavírus aeroporto
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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A onda da vez é o coronavírus. O vírus, que agora é famoso no mundo inteiro, é estudado desde a década de 1960. O problema é que o covid 19 é uma variação nova, que surgiu na China e matou mais de 3 mil pessoas em todo o planeta nos últimos meses. A estimativa é que a doença mate 1% dos infectados. O último balanço do Ministério da Saúde apontava 433 casos suspeitos do coronavírus no Brasil, sendo duas pessoas com infecção confirmada. 

Neste momento, estamos em pânico. O covid 19 não tem tratamento. A pessoa pode ter febres, dores e sintomas de uma gripe comum, mas precisa melhorar naturalmente. Não existe cura. O interessante é que esse ar trágico que traz o coronavírus é vivido por nós, quase que anualmente, por causa de outras doenças.

Quantos surtos de dengue tivemos no Brasil nos últimos 10 anos? Os índices da doença possuem grande variação de um ano para o outro, como se a população se preocupasse em combater o aedes aegypti apenas nos picos de crise. Tivemos também dor de cabeça com o zika vírus e a chikungunya, também transmitidos pelo aedes.

A febre amarela foi outra que nos deixou atordoados recentemente. E o que dizer do sarampo, doença na qual o Brasil recebeu certificado internacional pela erradicação e, em 2019, registrou milhares de infectados? Uma enfermidade cuja vacinação garante imunização há 50 anos.

Talvez não estejamos, como população, fazendo a nossa parte. Afinal, os surtos citados podem ser combatidos com medidas simples. No caso do aedes, é preciso combater os criadouros das doenças, que estão em residências e terrenos abandonados. Vacinas que possuem distribuição gratuita devem ser tomadas pelas pessoas, sem precisar de campanhas várias vezes ao ano. O coronavírus pode ser enfrentado com bons hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos. 

Se cada um fizer a sua parte, os surtos de doenças até podem acontecer, mas terão impacto muito menor em nossa sociedade. O triste é perceber vidas sendo perdidas por irresponsabilidade de uma sociedade que, ainda, não investe esforços no cuidado pelo bem comum. Uma pena. 

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