Beto foi assassinado na véspera do Dia da Consciência Negra no estacionamento do supermercado
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (RS) indiciou seis pessoas pessoas pela morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, no estacionamento do Carrefour, no dia 19 de novembro, em Porto Alegre. O inquérito foi concluído nesta quinta-feira (10) e enviado à Justiça. A causa da morte de João Alberto, conhecido como Beto, apontada nos laudos de exame de necropsia foi asfixia.
O ex-PM temporário Giovane Gaspar da Silva, 24 anos, o segurança terceirizado da empresa de vigilância Vector, Magno Traz Borges, de 30, e a fiscal do Carrefour Adriana Alves Dutra, 51 anos – que também filmou o assassinato – já três estão presos.
De acordo com o jornal GaúchaZH, foram indiciadas outras três pessoas, mais um funcionário da empresa Vector, Paulo Francisco da Silva, por autoria do crime ao não prestar socorro e impedir que outras pessoas ajudassem, e outros dois funcionários do Carrefour por participação: Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende, os dois deram chutes e socos na vítima. Todos os seis presos respondem por homicídio doloso triplamente qualificado, quando há intenção de matar.
“A polícia apontou Paulo Francisco da Silva como autor do homicídio por ter impedido que a companheira de João tentasse ajudar quando ele ainda respirava. Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende são apontados como “participantes” na autoria do crime por terem sido flagrados com menor intensidade e tempo nas agressões”, aponta a reportagem do jornal.
O assassinato de Beto, um homem negro, morto por seguranças brancos na véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, gerou protestos nas lojas do Carrefour em todo o país.
O Grupo Carrefour veiculou um vídeo no qual pedem desculpas e se prometem a combater o racismo estrutural. A rede anunciou que não vai mais contratar segurança terceirizada.