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Bacelarismo: Você é tão bela quanto a Paraíba

Sousa Campeão Paraíbano
Reprodução/GE Paraíba
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Estado nordestino, que conheceu seu campeão estadual no sábado (13), deveria ser sinônimo de beleza no dicionário

“Minha vida é andar por este país”. Quando Gonzagão entoou este verdadeiro hino, talvez, ele não tivesse a ideia do poder de suas palavras.

Feliz é aquele que pode, de fato, percorrer este Brasilzão, de norte a sul, leste a oeste. Na última sexta-feira (12), a nossa querida Guarulhos foi o ponto de partida para a maravilhosa João Pessoa, capital da Paraíba. Lá, no extremo oriente brasileiro, onde o sol nasce primeiro por essas bandas, tive a oportunidade de acrescentar mais um estádio na minha extensa lista: o Almeidão, palco da final do Paraibano de 2024, entre o Botafogo-PB e o surpreendente Sousa, que eliminou o Cruzeiro na Copa do Brasil deste ano e já fora tema do Bacelarismo há algumas semanas.

Se me perguntarem sobre o.jogo, vou dizer que não foi lá essas coisas. Decisões geralmente são tensas, com muitas bolas divididas e poucas oportunidades de gol. O empate por 1 a 1 levou a final para os pênaltis. Melhor para o visitante Sousa, dono de um dos símbolos mais carismáticos do Brasil: um dinossauro feliz com uma bola de futebol.

“Ah, Vinícius, mas se a partida não foi lá essas coisas, por que está falando tanto de beleza?”. Porque o futebol vai além da bola que rola na grama, do drible, do chute ou da defesa milagrosa.

O belo (sem trocadilho com o apelido do Botafogo-PB) está nos detalhes que envolvem uma decisão como a do Paraibano. Está na mobilização da torcida, nos cantos criativos, no balançar das bandeiras, na criança que vibra, no marmanjo que chora, na fé da senhora e no cimento frio da arquibancada que fica quente de tanta história.

Também é lindo o duelo de cores e formas no estádio. De um lado, a estrela vermelha botafoguense, acompanhada por listras brancas e pretas. Do outro, o verde do dinossauro que nasceu e cresceu no sertão paraibano.

Belo, além do apelido do Botafogo e do pagodeiro, é o senso de humor do presidente do Sousa, Aldeone Abrantes, que cantou uma música do ex-líder do Soweto para provocar o rival após o título – ele que já havia brincado com o Cruzeiro e o Petrolina.

Enfim, tem tanta beleza numa final com empate aos 40min do segundo tempo e uma decisão por pênaltis, que não dá para descrever em palavras ou mostrar por imagens. É preciso sentir.

E é com o sentimento mais puro que declaro meu amor a João Pessoa – por seu sol nascente, suas praias, sua gente, sua cultura e seu futebol.

Agora, chega no ouvido dela ou dele e diz: “Você é tão bonita (o) quanto à Paraíba”.

*Vinícius Bacelar é jornalista, formado pela Universidade São Judas Tadeu, acumula passagens por algumas das principais redações do Brasil, como Agora S.Paulo, Folha de S. Paulo, R7 e UOL. Também foi editor do Metrô News. Como assessor de imprensa atuou nas eleições municipais de Guarulhos de 2016. Posteriormente, atendeu o Esporte Clube Água Santa, o Bangu Atlético Clube e o Boston City FC Brasil, além de atletas, técnicos e dirigentes.

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