Time não marca há quatro jogos e perdeu as três últimas partidas; torcida esgotou sua paciência com Cássio, que não tem mais paciência para nada
O Corinthians tem irritado até os torcedores rivais. Óbvio que a má fase do Timão é motivo de chacota para quem torce contra. Mas quem aguenta ver 90 minutos de uma equipe que não marca e não ataca? O Corinthians é um acúmulo de nada. Um não-acontecimento. Uma ode à tristeza. É um clube contra a alegria.
O time não vence há quatro jogos. Tempo em que também não faz um mísero gol. E não foram quatro clássicos. Neste período, o Corinthians enfrentou o Juventude, que acabara de subir para a Série A do Brasileiro, e os reservas do Argentinos Juniors. Três gols sofridos e nenhum feito nesses dois confrontos.
Após a última derrota, o ídolo Cássio, que vive seus piores dias no clube, desabafou. Falou palavras de efeito e, talvez, sem se dar conta, expressou o sentimento da torcida. Não são poucos os corintianos que não o aguentam mais vê-lo na meta alvinegra.
Um dos responsáveis por libertar o Corinthians das dores de não conquistar a América até 2012, inspirou-se naquele que dizem ser o responsável pela independência (?) brasileira: “Se é para o bem de todos e a felicidade geral da nação, diga ao povo que eu saio”.
Parece mesmo ser o melhor caminho para os brasileiros do clube mais brasileiro, como também para o técnico português do time que se coloca entre os primeiros do esporte bretão.
E por falar em português, é duro admitir. Mas a cada dia que passa, o trabalho do Vitor Pereira, o genro dedicado, fica ainda melhor no Corinthians – mesmo ele longe da equipe desde dezembro de 2022.
*Vinícius Bacelar é jornalista, formado pela Universidade São Judas Tadeu, acumula passagens por algumas das principais redações do Brasil, como Agora S.Paulo, Folha de S. Paulo, R7 e UOL. Também foi editor do Metrô News. Como assessor de imprensa atuou nas eleições municipais de Guarulhos de 2016. Posteriormente, atendeu o Esporte Clube Água Santa, o Bangu Atlético Clube e o Boston City FC Brasil, além de atletas, técnicos e dirigentes.