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Bacelarismo: Seis motivos para acreditar que Ancelotti vai dar certo na Seleção

Carlo Ancelotti e Vini Jr.
Foto: Reprodução/Instagram
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Italiano é um dos maiores treinadores da história e costuma tirar o melhor dos craques brasileiros

Não se fala em outra coisa. Desde que o jornalista André Rizek afirmou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) dá como certa a contratação do técnico Carlo Ancelotti, mesmo que não seja de forma imediata, o nome do italiano é o mais falado entre os amantes do esporte em nosso país. Ainda mais depois de o Brasil perder mais um jogo, agora diante de Senegal. E convenhamos que, por mais que a seleção senegalesa mereça todo o respeito e que o Mané seja um craque, tomar quatro gols é complicado.

Voltando ao Ancelotti, o frisson sobre ele é completamente justificável. Também pudera. O treinador é “viciado” em títulos desde sua época como jogador. Como técnico, foi campeão nas cinco principais ligas europeias – o único a conseguir tal feito. Além disso, ainda levantou a Champions League em quatro oportunidades, outra proeza que só ele conseguiu como treinador.

Apesar do currículo, muitos consideram uma afronta aguardá-lo até o ano que vem. Entre as vozes contrárias à espera está a de Galvão Bueno, o maior comunicador esportivo do país. Particularmente, até entendo o Galvão, mas, por outro lado, não podemos perder de vista que se trata de uma negociação histórica. Nenhuma seleção no mundo tem um treinador do gabarito de Ancelotti. Inclusive, hoje, é inimaginável que técnicos do mesmo patamar, como Guardiola, Klopp, entre outros, larguem seus clubes para assumir qualquer equipe nacional. O último treinador campeão em uma Copa do Mundo, Lionel Scaloni, era um desconhecido até então.

Por isso, diante dos maus resultados da Seleção, do fraco desempenho nos últimos jogos e, principalmente, da crise no futebol nacional como um todo – até eliminado por Israel, no Mundial Sub-20, o Brasil foi -, o nome de Ancelotti é um dos mais apropriados para reconduzir o país aos seus dias de glória no esporte mais popular do planeta. Listo, aqui, seis motivos para acreditar nisso:

Liderança

O italiano escreveu um belo livro denominado Carlo Ancelotti: Liderança Tranquila. Entre as produções sobre técnicos que já li, esse é o que mais tem informações sobre gestão. O treinador pouco expõe suas ideias de jogo, mas detalha muito bem como tenta administrar seus elencos. Além das palavras do próprio Ancelotti, dirigentes e atletas também comentaram sobre o comando do italiano. Jogadores do quilate de Ibrahimovic e Cristiano Ronaldo, conhecidos, entre outras coisas, por seus egos, só foram elogios ao treinador. Isso mostra que ele sabe, realmente, liderar uma equipe.

Tira o melhor de craques brasileiros

O último brasileiro melhor do mundo foi premiado sob o comando de Ancelotti. Em 2007, Kaká fez uma temporada primorosa no Milan, campeão europeu e mundial. Agora, no Real Madrid, Vini Júnior vive um grande momento, embora o clube não tenha ganhado nenhum título de expressão na temporada recém-encerrada. Rodrygo e Militão também subiram de rendimento com o italiano. O único brasileiro que teve problemas públicos com o Ancelotti foi Rivaldo, craque que não teve a sua grandeza reconhecida por muitos, mas, que, em sua época de Milan, já dava sinais de que não seria o atleta de outrora.

Vivência no melhor futebol do mundo

A América do Sul sempre revelou vários grandes jogadores e alguns gênios, como Pelé, Maradona e Messi. Mas é na Europa que se pratica, diariamente, o melhor futebol do mundo. Como Seleções, Argentina, Brasil, Uruguai e outros selecionados sul-americanos podem até fazer frente aos europeus. Porém, nossos clubes não conseguem. Estamos sendo derrotados até por times africanos, árabes ou japoneses.

Não tem jeito. Os melhores atletas estão nos clubes europeus, assim como os treinadores mais gabaritados também. Ancelotti respira isso todos os dias. Apanhou do Guardiola nesta temporada, mas já bateu em anteriores.

E aqui não entra aquele papo de brasileiro ultrapassado e europeu moderno. É o puro e simples capitalismo agindo na ordem do futebol mundial. Surge um craque sul-americano, uma equipe europeia oferece um salário melhor e o leva embora. Nesta cadeia alimentar econômica e futebolística, somos o almoço.

Adaptação

Carlo Ancelotti está no topo do futebol europeu – e mundial – há muito tempo, porém já teve seus momentos de baixa, como acontece com todos.

Mas, ao voltar para o Real Madrid, que penava sem Cristiano Ronaldo, conseguiu montar um time novamente letal. Implacável. Incapaz de perdoar o mínimo vacilo adversário. E, assim, conquistou a Europa outra vez. Foram quase vinte anos entre sua primeira e última taça de Champions como treinador. Ninguém consegue isso sem se reinventar.

Bom relacionamento

Como disse anteriormente no tópico “Liderança”, até jogadores de ego inflado admiram Ancelotti. Mas seu bom relacionamento não é apenas com os atletas. Vai além das quatro linhas ou do vestiário. Dirigentes e jornalistas também geralmente se dão bem com o treinador. O italiano não é um profissional marcado por polêmicas.

Posicionamento

Ancelotti errou ao dizer que não havia preconceito na Espanha, mas, meses depois, quando torcedores do Valencia insultaram Vini Jr, o italiano se recusou a falar de futebol para alertar sobre o ocorrido. A imprensa espanhola não gostou da atitude do treinador. Azar dos jornalistas espanhóis. O técnico tinha toda a razão.

Não sei por que Ancelotti resolveu “protestar” contra o racismo, após dizer que ele nem existia na Espanha. O fato é que muitos fecham os olhos e se recusam a mudar seus posicionamentos, ainda mais em assuntos que poucos se dispõem a falar.

Se o italiano vai assumir a Seleção Brasileira, que tem diversos jogadores negros e representa uma população negra em sua maioria, era de extrema importância entender que o racismo, sim, existe. E que sua voz é muito importante para combatê-lo.

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