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Bacelarismo: Por que o futebol de Guarulhos não repete o sucesso do vôlei da cidade?

Vedacit Volei Guarulhos
Foto: Duda Bairros
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Janeiro, mês de Copinha e do início dos Estaduais, é um ótimo período para “requentar” debate sobre o fracasso histórico do futebol guarulhense

Guarulhos é a segunda maior cidade do Estado mais rico do Brasil. Tem o aeroporto mais importante do país (quiçá, da América do Sul). É um município “não-capital” com mais habitantes do que muitas capitais brasileiras. Está entre as 20 maiores economias da União.

E, mesmo com tudo isso, nunca teve um time de futebol na elite – nem estadual e nem nacional. Uma vergonha histórica para uma das cidades mais importantes da nossa nação.

Mas, afinal, o que falta para Guarulhos ter relevância futebolística no estado e no país? Por que o futebol não repete o sucesso do vôlei – esse, sim, orgulho esportivo do município?

Confesso que tento responder tais perguntas há uma década, tempo em que acompanho o esporte guarulhense com mais atenção. E ainda não encontrei as respostas.

Neste período, vi quase tudo. No vôlei, o nascimento e a “morte” do Corinthians-Guarulhos, com a lenda Serginho, um dos maiores líberos da história, e outros jogadores de Seleção, como o levantador Marcelinho e o meio de rede Sidão. Além disso, acompanhei o surgimento do Vedacit Vôlei Guarulhos, liderado pelo experiente e ótimo levantador Sandro. Apesar de nova, a equipe tem em seu currículo uma semifinal de Superliga, um dos campeonatos mais competitivos do mundo.

Já no futebol, assisti a um lindo documentário sobre a AD Guarulhos, hoje Guarulhos GRU; o Flamengo cair para a “Bezinha” e quase subir (algumas vezes) à A3; e o mesmo Flamengo fazer campanhas razoáveis na Copinha. Mas nunca cheguei nem perto de ver alguma equipe de futebol da cidade se aproximar da Série A1 do Paulista – algo que aconteceu apenas no longínquo ano de 2004. Repetindo o que disse no começo do texto e parafraseando Boris Casoy: “Isso é uma vergonha”.

Estamos em janeiro, mês de Copinha e do início dos Estaduais. No maior campeonato de futebol de base do Brasil, o Flamengo se classificou para a próxima fase, na qual pegará o Novorizontino, um time sediado a mais de 400 km de São Paulo.

Mesmo com toda essa distância da Capital, o Novorizontino, no profissional, sempre contou com jogadores que já fizeram algum sucesso no futebol brasileiro. Foi vice-campeão estadual em 1990 e, por muitos anos consecutivos, disputou a Série A1 do Paulista. Caiu no ano passado. Histórico, infelizmente, inimaginável para os times de Guarulhos.

No próximo sábado (15), começa o Campeonato Paulista de 2023. Tenho certeza de que iremos nos surpreender com as escalações de diversos clubes do interior e da Grande São Paulo. Iremos nos perguntar: “Nossa! Fulano, que já jogou em tal equipe e foi campeão do torneio ‘x’, está em tal time? Nem imaginava!”.

E o que mais me deixa perplexo é pensar que esse mesmo fulano poderia atuar em Guarulhos – cidade enorme, com baita estrutura e “colada” em São Paulo. Mas times como Ituano, Inter de Limeira, São Bento e Ferroviária são bem mais atrativos do que o Flamengo e Guarulhos GRU, mesmo distantes da Capital.

A pergunta que fica é: Por que a nossa cidade não conseguiu, em todos esses anos, montar um clube tradicional como os citados e outros que nem citei?

Olha as equipes de Campinas. O Guarani já foi campeão brasileiro (o único não sediado em uma capital). Veja o Água Santa, time no qual já trabalhei. O clube de Diadema, município menor do que Guarulhos, profissionalizou-se em 2011. Em 12 anos, já disputou a Série A1 em três oportunidades e, agora, vai começar sua quarta temporada na elite paulista.

O que falta para o futebol guarulhense? Por que a cidade é tão bem-sucedida no vôlei e o futebol não repete esse sucesso? Alguém tem essas respostas?

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