fbpx
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Bacelarismo: O que é vexame no futebol?

Fagner - Corinthians
Foto: Rodrigo Coca/Corinthians
Compartilhe
PUBLICIDADE
Previous slide
Next slide

Por que as zebras ainda nos espantam, se a graça do futebol é ele ser imprevisível?

Torcedores, calma. A frase exibida no telão de São Januário, estádio do Vasco, serve para várias situações do futebol e da vida. No entanto, como o esporte mexe com paixões – e isso explica o porquê ele é tão fantástico -, dificilmente, o torcedor ficará tranquilo.

Mas e os jornalistas? Ávidos por cliques e engajamento, adoram rotular e ditar o que é vergonha ou vexame, como se fossem senhores do destino (beijo, Susana Vieira).

Neste ano, que mal começou, já tivemos alguns exemplos em que utilizaram tais termos. No caso do Corinthians, eliminado do Paulista na primeira fase, concordo com a análise. É inadmissível para um dos quatro grandes de São Paulo ficar fora da segunda fase do Estadual.

Mas quando falam do Cruzeiro na Copa do Brasil, eu discordo. O torneio assumiu um formato no qual é muito fácil tropeçar. Um jogo na casa do adversário. Uma derrota. E tchau.

Se eu fosse torcedor da Raposa, ficaria enfurecido. Do Galo, feliz da vida. Mas, como um analista, eu deveria compreender que o sistema de disputa permite desclassificações inesperadas e precoces. A discussão, neste caso, deveria ser sobre a viabilidade ou não do modelo.

Particularmente, já que temos um Brasileiro de pontos corridos, gosto da Copa do Brasil do jeitinho que ela é. Imprevisível e emocionante.

Além do mais, o futebol é esse esporte em que tudo pode acontecer. Mesmo com um volume de jogo absurdo, o time pode ser derrotado. Algo difícil de acontecer em outros esportes coletivos. “Ah, mas o salário do centroavante é maior que toda a folha salarial do outro clube”. Em um mundo no qual tudo é sobre dinheiro, o futebol, muitas vezes, é uma das últimas resistências contra o capital.

Dito isso, vergonha tem sido o nível dos debates em alguns programas esportivos brasileiros, nos quais vemos discussões por apelidos, disputa para saber quem come mais cachorros-quentes, entre outras cenas pífias e patéticas.

*Vinícius Bacelar é jornalista, formado pela Universidade São Judas Tadeu, acumula passagens por algumas das principais redações do Brasil, como Agora S.Paulo, Folha de S. Paulo, R7 e UOL. Também foi editor do Metrô News. Como assessor de imprensa atuou nas eleições municipais de Guarulhos de 2016. Posteriormente, atendeu o Esporte Clube Água Santa, o Bangu Atlético Clube e o Boston City FC Brasil, além de atletas, técnicos e dirigentes.

PUBLICIDADE

TÓPICOS
Compartilhe
Previous slide
Next slide
VEJA TAMBÉM