Palmeiras de Abel Ferreira continua fazendo história, enquanto muitas pessoas ainda tentam desmerecer o trabalho do português
“Aquele português de mer##”. Foi assim que Carlos Belmonte, diretor do São Paulo, referiu-se ao técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, após o empate entre as duas equipes no Campeonato Paulista.
A competição andou. O Palmeiras, para variar, chegou à semifinal. Já o São Paulo, de Belmonte, procura novos horizontes. Aposto que você nem se lembra da última vez em que o Alviverde esteve fora desta fase. Foi no longínquo ano de 2013, quando o torneio nem tinha o atual formato e o Palmeiras, na segunda divisão do Brasileiro, pegou o Santos, de Neymar, logo nas quartas de final. Ainda assim, foi eliminado só nos pênaltis.
Abel não sabe o que é parar antes da final do Paulista. Chegou a três e venceu duas. Um aproveitamento assombroso. O seu Palmeiras sobra no estado. Mas tem gente que insiste em minimizar o trabalho do português.
Sim, Abel tem seus defeitos. Passa do ponto, às vezes. Eu já disse isso aqui, neste espaço, no GRU Diário. Porém, dizer que o Palmeiras joga feio, que a equipe não tem repertório e outras coisas neste sentido, na verdade, não faz sentido algum.
Beleza é algo subjetivo. Eu sempre defendo a tese de que um time de futebol precisa ser competitivo, algo que sobra no Palmeiras de Abel.
Na atual edição do Paulista, o Corinthians nem passou de fase. O São Paulo foi eliminado nas quartas de final, em casa, pelo bom Novorizontino. E o também semifinalista Santos suou um bocado para eliminar a Portuguesa, na Vila Belmiro, nos pênaltis.
Enquanto isso, o Palmeiras não tomou conhecimento da Ponte Preta: 5 a 1, sem correr riscos. Aquele time feio e sem repertórios caminha a passos largos para o tricampeonato paulista e é um forte candidato ao título brasileiro – seria outro tri no currículo de Abel.
Pensando bem, realmente é muito chato ver o Palmeiras jogar. Mas só se você não for palmeirense.
Joaninha
Quero aproveitar a coluna desta semana, também, para prestar uma homenagem à nadadora paralímpica Joana Neves, a nossa Joaninha. Ela morreu aos 37 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
Fica aqui o nosso abraço e carinho aos amigos e familiares da potiguar, dona de cinco medalhas em Jogos Paralímpicos e tantas outras em Mundiais e Parapans. Seu legado jamais será esquecido!
*Vinícius Bacelar é jornalista, formado pela Universidade São Judas Tadeu, acumula passagens por algumas das principais redações do Brasil, como Agora S.Paulo, Folha de S. Paulo, R7 e UOL. Também foi editor do Metrô News. Como assessor de imprensa atuou nas eleições municipais de Guarulhos de 2016. Posteriormente, atendeu o Esporte Clube Água Santa, o Bangu Atlético Clube e o Boston City FC Brasil, além de atletas, técnicos e dirigentes.