É questão de tempo para Abel conquistar a sua maior obsessão: a taça da principal competição do país
Olhem bem para a foto do fotógrafo carioca Dhavid Normando, que, além de ser um excelente profissional, é um baita cara gente boa.
Vejam as expressões do torcedores do Fluminense. Uma mulher imediatamente bota as mãos na cabeça (e não é para dançar o rebolation). Um menino está boquiaberto. Um senhor range os dentes. Outra mulher parece não acreditar e faz cara de espanto. E tudo isso antes de a bola entrar. A foto do Dhavid só não é mais bonita do que o próprio gol de Rony.
Eu estava no Maracanã. Confesso que não me lembro de ter visto anteriormente, in loco, uma pintura como a do camisa 10 do Palmeiras. E a obra de arte do atacante do Verdão ganha maior relevância ao lembrarmos que pode ter sido, até aqui, um dos momentos mais decisivos para o (bem) provável 11° título brasileiro palmeirense.
Abel Ferreira, técnico português que dirige o Palmeiras desde 2020, não esconde o desejo de conquistar a principal taça do futebol nacional. Em pouco tempo, ele já tem duas Libertadores, uma Copa do Brasil, um Paulista e uma Recopa Sul-Americana. Em seu livro, deixa claro que quer o Brasileirão.
O Palmeiras enfrentou três vezes, em sequência, o vice-líder de momento na competição. Duas vezes, fora de casa: Corinthians e o próprio Fluminense. Não perdeu nenhuma partida, ou seja, no mínimo, manteve a distância dos principais concorrentes pelo campeonato. Dificilmente, Abel não vai realizar seu sonho. Há 200 anos, o Brasil declarava sua independência, mas é inegável que, pelo menos no futebol, um português que domina.
Como é inegável que o casamento entre Fluminense e Fernando Diniz tem sido muito bom. Sinceramente, torço pelo sucesso dessa parceria – com algumas exceções (risos).
Mas, no duelo de sábado, melhor para o Palmeiras de Abel, que, passo a passo, aproxima-se da conquista do Brasileirão. Talvez, com a bicicleta de Rony, a chegada ao destino seja ainda mais rápida.
Até a proxima semana!