Você pode não dar a mínima para a realeza, mas é obrigado a concordar que o time feminino de futebol do Corinthians reina absoluto na modalidade
Há algumas semanas, fui um súdito muito malcriado. Duvidei das minhas rainhas (as únicas que interessam mesmo, se é que me entendem). Cometi a heresia de falar que elas seriam incapazes de manter o reinado no futebol feminino brasileiro. Fui tolo ou um bobo da corte, se preferir. Inclusive, passei essa vergonha de maneira pública ao escrever aqui, no GRU DIÁRIO, que o Palmeiras era o favorito ao título do Campeonato Brasileiro da modalidade.
Mas o Corinthians me calou. Atuais bicampeãs brasileiras e campeãs da Libertadores, sendo que no ano passado tiveram mais títulos (3) do que derrotas (2), as corintianas mostraram o porquê são tão absolutas no futebol feminino. Foram lá no Allianz Parque e não tomaram conhecimento das palmeirenses, suas maiores rivais: 4 a 0 incontestes. E, pela sexta vez consecutiva, estão na decisão do Campeonato Brasileiro.
“Ah, mas a zaga titular do Palmeiras, com jogadoras de seleção, não jogou. Oras, o Corinthians não tem absolutamente nada a ver com isso. Além disso, a própria equipe de Parque São Jorge também sofreu com desfalques ao longo da competição. Classificou-se para as quartas de final na quarta colocação, posição incomum para um time tão dominante.
O Palmeiras, por sua vez, com jogadoras da qualidade de Patrícia Sochor, que começou na reserva, Júlia Bianchi e Bia Zaneratto, passou para a segunda fase do Brasileiro como líder. Elas eram favoritas. Haviam ganhado do Corinthians, de maneira inédita, na primeira fase, por 2 a 0. Esse placar, se fosse repetido no último sábado, daria a vaga para a final às palmeirenses.
Mas quem é rainha uma, duas, três, sei lá quantas vezes, nunca perde a majestade!
Ninguém sabe o que vai acontecer na decisão do Brasileiro. No entanto, independente do resultado, o Corinthians, mais uma vez, fez história. E provou que verdadeiras rainhas são imortais.
Até a próxima semana!