Trajetória da banda foi interrompida em 2 de março de 1996 em um acidente aéreo
Fãs e familiares prestaram homenagens no aniversário de morte dos Mamonas Assassinas, banda guarulhense vítima de um acidente aéreo, em 2 de março de 1996, na Serra da Cantareira.
As músicas e o jeito irreverente e divertido da banda formada por Dinho, 25 anos, Júlio Rasec, 27, Bento Hinoto, 25, os irmãos Sérgio Reoli, 26, e Samuel Reoli, 22, marcaram a vida de muitos brasileiros e agitou o cenário musical.
O fotógrafo e colunista do GRU Diário, Márcio Monteiro, é o autor de duas fotos que ilustram esta reportagem. Elas foram tiradas em um show dos Mamonas no Ginásio Pascoal Thomeu, o Thomeuzão. “Esse show foi memorável, incrível. O Thomeuzão tremia, tremia. Lotação máxima. Nunca vi coisa igual”, conta Monteiro.
Faltou luz durante o show, mas a energia daquele momento não foi apagada pelo problema. “O Dinho sentou e começou a conversar com a plateia, incrível. Eu já cobri vários shows e nunca vi tanta energia. Já cobri Xuxa, Roberto Carlos, fiz vários eventos, mas igual aos Mamonas nunca vi. Energia fantástica”, relembra o colunista.
Hoje, há exatos 25 anos desde que eles partiram, várias postagens nas redes sociais falam da saudade dos cinco meninos de Guarulhos.

“São 25 anos sem os cinco amigos que se entendiam com o olhar, sem novas notas e rascunhos de música, sem casa cheia. Saudade dos dias em que o Dinho chegava sem avisar, o Alberto abraçado ao violão, combinando horário para encontrar o Sergio e Samuel. Saudade daquela alegria espontânea e de tudo de bom que os cinco nos traziam. 25 anos buscando as gargalhadas em cada canto… Espero que estejam se divertindo por aí, porque aqui tá bem chato. Daqui a gente fica com as ótimas lembranças, saudade e muito amor.
A saudade também mora nas famílias do Isaac Souto (ajudante de palco), Sérgio Saturnino Porto (segurança), Jorge Luiz Germano (piloto) e Alberto Takeda (co-piloto), afinal, carregam a mesma saudade que as famílias dos Mamonas e fizeram parte da mesma fatalidade. Força para as 8 famílias, porque os dias passam, mas o vazio não preenche. Aproveito pra agradecer todo carinho por nós recebido nesses anos, saibam que nos ajudou e ajuda a lidar melhor com tudo isso.
Amor eterno!” – Paula Rasec, irmã de Júlio Rasec.
“Há 25 anos, o Brasil era acordado com uma das maiores tragédias da sua história. Há 25 anos, o Brasil todo parou, chorou e se emocionou, e todo 2 de março se eternizou com a saudade dos 5 amigos, que cumpriram fielmente sua missão, “trazer alegria ao povo brasileiro”. Eles foram capazes de contagiar a todos seja criança, adulto ou idoso, e nos deram a maior prova de que “vc é capaz de realizar tudo o que deseja, nunca deixe ninguém dizer que vc não é capaz”. Pra sempre serão lembrados, o seu legado jamais será esquecido. Eternos meninos de Guarulhos.” – Herminio Ataide Netto.
“2 de março
25 anos de saudadeHoje é o dia que ficamos questionando o por que, o por que dessa partida tão precoce, 25 anos sem MAMONAS ASSASSINAS, hoje o que nos resta e manter a memória de vcs intacta e o mais legal de tudo é que não precisamos de muito esforço pq vcs são demais. Eu amo ser fã de vcs, amo falar de vcs e tenho tanto orgulho disso. Vcs são exemplos de que não podemos desistir dos nossos sonhos e que sempre tudo é possível. Continuem descansando, que daqui continuamos lembrando de vcs sempre com muito carinho” – Joyce Oliveira
Vinil colorido e documentário marcam homenagem
Para homenagear os Mamonas Assassinas, a Universal lançou o Vinil Mamonas Assassinas. O disco é vermelho e tem a mesma foto do primeiro álbum do grupo.
O único álbum gravado em estúdio foi lançado em 23 de junho de 1995 e vendeu mais de 2,4 milhões de cópias em apenas seis meses levando o disco de Diamante, segundo a Universal. Até hoje, é considerado o álbum de estreia mais vendido da história no Brasil.
O Canal BIS, da TV paga, apresentará o documentário “25 anos sem Mamonas Assassinas”, no aniversário de morte da banda, hoje, às 21h30. A obra vai relembrar a trajetória e toda a irreverência das letras e dos trajes do grupo e os grandes sucessos como Pelados em Santos, Robocop Gay, Vira-Vira, entre outros.