Vinil colorido e documentário marcam homenagens a Dinho, Júlio, Bento, Sérgio e Samuel
Há 25 anos, o Brasil perdeu os cinco integrantes da banda de rock guarulhense Mamonas Assassinas: Dinho, 25 anos, Júlio Rasec, 27, Bento Hinoto, 25, os irmãos Sérgio Reoli, 26, e Samuel Reoli, 22.
O acidente que matou os meninos de Guarulhos aconteceu em 2 de março de 1996, na Serra da Cantareira, em São Paulo, quando o grupo voltava de um show no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Os cinco integrantes, dois funcionários e dois tripulantes estavam no jatinho Learjet 25 prefixo PT-LSD. Dez minutos antes da queda, por volta das 23h20, a aeronave teve permissão para pousar. O piloto então arremeteu e o jatinho se chocou na mata do Parque Estadual da Cantareira.
O velório do grupo aconteceu no ginásio Paschoal Thomeu, no Bom Clima, e recebeu inúmeros fãs. Os caixões foram colocados lado a lado e cobertos com a bandeira do Brasil.
Os cinco integrantes foram enterrados no cemitério Primaveras I, no Taboão. A lápide recebe homenagens de fãs até hoje principalmente na data da morte dos meninos e no Dia de Finados, em 2 de novembro.
O sucesso estrondoso durou de outubro de 1994 a 2 de março de 1996, mas foi suficiente para marcar uma geração de fãs e guardar suas músicas na memória dos brasileiros.
Vinil colorido e documentário marcam homenagem
Para homenagear os Mamonas Assassinas, a Universal lançou o Vinil Mamonas Assassinas. O disco é vermelho e tem a mesma foto do primeiro álbum do grupo.
O único álbum gravado em estúdio foi lançado em 23 de junho de 1995 e vendeu mais de 2,4 milhões de cópias em apenas seis meses levando o disco de Diamante, segundo a Universal. Até hoje, é considerado o álbum de estreia mais vendido da história no Brasil.
O Canal BIS, da TV paga, apresentará o documentário “25 anos sem Mamonas Assassinas”, no aniversário de morte da banda, em 2 de março, às 21h30. A obra vai relembrar a trajetória e toda a irreverência das letras e dos trajes do grupo e os grandes sucessos como Pelados em Santos, Robocop Gay, Vira-Vira, entre outros.

Banda Utopia
Antes de se tornar Mamonas Assassinas, o grupo tinha outro nome: Utopia – a banda de rock do Cecap. Além dos cinco, Márcio Araújo foi integrante do Utopia como tecladista, mas não fez parte do sucesso dos Mamonas. A banda fazia shows em casas noturnas, principalmente em Guarulhos. O Utopia chegou a gravar um disco independente em 1992.
Último show
O último show do grupo aconteceu na noite de sábado (2) no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Na plateia com cerca de 4 mil pessoas havia crianças e adolescentes que puderam ouvir todas as músicas do disco da banda. A apresentação em Brasília encerraria a turnê do grupo que estava se preparando para a produção do segundo disco.
O avião decolou por volta das 22h e quando voltara pra São Paulo se chocou na Serra da Cantareira matando os cinco integrantes do grupo, o segurança Sérgio Saturnino Porto, o ajudante de palco Isaac Souto e o piloto Jorge Germano Martins, 30, e o copiloto Alberto Yoshihumi Takeda, 24.