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Zoológico de Guarulhos reabilita corujas feridas com linhas de pipa com cerol

coruja
Foto: PMG
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Animais foram devolvidos à natureza

Os passarinhos que habitam o Núcleo Cabuçu do Parque Estadual da Serra da Cantareira anunciaram a chegada ao local de um mocho orelhudo e de uma coruja murucututu-de-barriga-amarela nesta quarta-feira (6). Assim que as caixas de transporte foram abertas e as aves alçaram voo, a cantoria começou como forma de aviso de predador novo na área, já que filhotes de pássaros costumam fazer parte da alimentação das corujas.

As aves, vítimas de ferimentos com linhas de pipa com cerol, foram devolvidas à natureza pela equipe do Zoológico de Guarulhos após cerca de quatro meses de tratamento na clínica de animais silvestres do local. A região da soltura é a mesma onde os animais foram resgatados pela GCM Ambiental. “Estamos trazendo de volta animais muito importantes para o serviço ecossistêmico local e também para o controle de roedores nas regiões em que a cidade faz limite com floresta”, afirma o biólogo Marcos Antonio Melo, da Secretaria de Meio Ambiente.

Em 2022 o Zoo de Guarulhos recebeu 52 aves feridas por linhas de pipa com cerol ou linha chilena. Apesar dos cuidados, muitas não resistiram e morreram. Há também casos em que a ave não recupera a autonomia de voo e de caça e, por isso, permanece no zoológico.

Crime

O uso do cerol e da linha chilena (cola com óxido de alumínio e pó de quartzo) é crime previsto pela lei municipal 7.768/2019. Comerciantes das substâncias e seus usuários podem pagar multa de até 1,4 mil reais. Como os bichos são as principais vítimas, o usuário também pode ser denunciado por maus-tratos a animais silvestres e domésticos, situação criminalizada pela lei 9.605/98.

Denúncias podem ser feitas para a central 24 horas da GCM pelos telefones 153 e 2475-9444.

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