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Tony Auad: Globo obriga Walcyr Carrasco a trocar protagonista da próxima novela

Foto: Divulgação/TV Globo
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A atriz Agatha Moreira seria a mocinha da trama, mas emissora quer mulher negra como protagonista

Tony Auad
Foto: Divulgação

Hoje inicio a minha coluna comentando porque a TV Globo obrigou o autor Walcyr Carrasco a trocar a protagonista da sua próxima novela na emissora. O autor reconhece que baseado na nova linha de dramaturgia da emissora ele teve que fazer ajustes.

No final do mês passado, Walcyr Carrasco entregou à Globo uma sinopse atualizada e revisada de “Terra Vermelha”. Na versão a protagonista da história, que se chamará Aline, será uma mulher negra. A exigência foi da emissora que, preocupada com a diversidade, pediu ao autor que reescrevesse o perfil da heroína da próxima novela das 9 na Globo. Ela fará par com Cauã Reymond.

Depois de muitas críticas por ter poucos atores e atrizes negras em destaque nas novelas, a Globo fez esse alerta aos autores e diretores. A ideia não é apenas escalar atores pretos em suas produções, mas dar a eles papéis importantes e relevantes. Não é à toa que “Cara e Coragem” e “Vai na Fé”, por exemplo, tenham Taís Araújo, Paulo Lessa, Sheron Menezzes e Samuel de Assis os protagonistas.

Antes da escalação de Lucy Alves como a mocinha de “Travessia”, Dandara Mariana chegou a ser cotada para o papel. Ela não levou, apesar de seu grande talento. A personagem Talita crescerá muito na história de Glória Perez que está no ar.

Para a novela de Walcyr Carrasco que estreia em abril de 2023, a emissora testou várias atrizes negras. Larissa Nunes se saiu muitíssimo bem. A jovem acabou sendo escolhida por Luiz Henrique Rios, diretor artístico do folhetim de Carrasco.

Rios dirigiu Larissa em “Além da Ilusão”. Ela, que também é cantora, interpretou a professora Letícia, que passou a novela entre os amigos Bento (Matheus Dias) e Lorenzo (Guilherme Prates). Foi o diretor que indicou a atriz para o teste que também agradou Walcyr Carrasco, mas o martelo ainda não foi batido.

A atriz Agatha Moreira seria a mocinha da trama, mas ganhou outro papel: o de antagonista de Aline. Na sinopse enviada à direção, o autor descreve com muita valorização a personagem principal.

Carrasco afirma: “Vou contar a história de Aline Machado”; jovem viúva, preta, cujo marido é morto numa tentativa de grilagem e que, sem nunca ter plantado uma semente, vai à luta, salva sua pequena fazenda, expande e enriquece.

Frase final: O caminho pode ser difícil, mas a luta deve ser constante.

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