Com retirada de tropas dos EUA, grupo radical invadiu e tomou a capital Cabul neste domingo (15)
O Taleban, grupo radical islâmico fundamentalista, retomou o poder no Afeganistão ao invadir a capital Cabul, neste domingo (15), 20 anos após fugirem do país após ataques de bombas dos Estados Unidos da América.
O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, chegou a tentar uma negociação com o movimento, mas falhou e teve de deixar seu País junto de seu vice, Amrullah Saleh, de onde foram para o Tajiquistão.
O avanço do Taleban ocorre após um acordo de paz entre o grupo e o presidente Donald Trump assinado em 2020, quando concordou em retirar as tropas americanas do Afeganistão.
Os norte-americanos atuaram no país vizinho em 2001, sob acusação de que o Taleban dava suporte para a Al Qaeda, responsável pelo ataque de de 11 de setembro.
Como Trump não foi reeleito, coube ao novo presidente dos EUA, Joe Biden, retirar as tropas a partir de maio.
Os radicais, entretanto, disseram que não querem violência ou guerra e que desta vez querem voltar ao poder de forma pacífica.
“Queremos uma transição pacífica e evitar derramamento de sangue”, afirmou o porta-voz taleban Suhail Shaheen à rede BBC .
O radicalismo do Taleban de volta ao poder faz com que mulheres voltem a ser obrigadas a se casarem contra a própria vontade e que nem mesmo possam estudar. Pessoas que não seguem o islamismo também não são vistas com bons olhos pelos radicais.