Entidade recomenda que consumidores não façam estoques em casa para que todos tenham acesso contínuo ao produto
Os supermercados de todo o país começaram a limitar a venda de arroz por causa das chuvas no Rio Grande do Sul, o maior produtor do país, que detém 70% da produçao do grão. Outros produtos como feijão, óleo de soja e leite estão sendo restringidos. As redes Pão de Açúcar e Extra, do GPA, e Assaí Atacadista confirmaram a medida.
Nas redes sociais os clientes estão compartilhando fotos de supermercados que limitam a venda em dez, cinco, três ou duas unidades por cliente.

No entanto, produtores de arroz e supermercados informam que não há risco de desabastecimento do grão no Brasil, apesar das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional. A garantia é da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Diante do risco de haver especulação – e aumento da procura pelo produto, por consumidores preocupados em estocar arroz, para o caso de uma eventual falta nos mercados – o governo federal publicou, no Diário Oficial da União desta sexta-feira (10), uma medida provisória que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz beneficiado ou em casca, por meio de leilões públicos, para recompor os estoques públicos.
De acordo com a MP, os estoques terão, como destino preferencial, pequenos varejistas das regiões metropolitanas, “dispensada a utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta”.
A expectativa é de que, na primeira etapa, sejam compradas 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia.
“Embora tenhamos este grande problema com relação à colheita do que falta, nós temos plenas condições de afirmar que nós não temos problemas com relação ao abastecimento do mercado interno”, disse o presidente da Federarroz, Alexandre Velho.
Já a Associação Brasileira de Supermercados afirma que informou estar normalizado o abastecimento no varejo, “com diversas marcas, preços e promoções para atender à demanda de consumo tanto nas lojas físicas quanto pelo e-commerce”.
A entidade, no entanto, recomenda, aos consumidores, que não façam estoques em casa para que todos tenham acesso contínuo ao produto.
(Com informações do Estadão e Agência Brasil)