Deputado já chegou a causar tumulto no aeroporto de Guarulhos, quando não quis usar máscara ao entrar em um avião
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, nesta quarta-feira (17), manter por unanimidade a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que gravou um vídeo com graves ataques aos ministros da Corte e foi preso na terça-feira (16).
A sessão que manteve a prisão do político demorou menos de uma hora e teve um placar de 11 a 0 desfavorável a Silveira.
Na Câmara dos Deputados, porém, o clima é de que Silveira seja absolvido para evitar precedentes do STF de mandar prender deputados.
O atual presidente da Casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL) passo por sua primeira prova de fogo ao ter de conciliar a decisão dos ministros do STF com a dos parlamentares.
Silveira já é alvo de inquéritos por fake news e atos antidemocráticos. No Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, em Cumbica, ele chegou a perder um voo por não querer usar máscara. Ele também ficou conhecido por, ao lado do então candidato ao governo do Rio de Janeiro à época, o juiz Wilson Witzel, ter quebrado uma placa com o nome de uma rua denominada Marielle Franco em homenagem para a vereadora do Rio executada em uma ação coordenada por milícias.
O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, quer expulsar o deputado do partido, mas enfrente resistência dentro da legenda.
A prisão do deputado também atrapalha os trabalhos do Legislativo, já que por todo este dia o único tema em debate é a sua prisão.