Bolsonaro reclamou de ter sido chamado de corrupto
O debate com candidatos à Presidência da República, realizado por um pool de veículos de comunicação, na noite deste sábado (24), no SBT, não teve a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a maioria das pesquisas. Neste cenário, o presidente Jair Bolsonaro (PL) concentrou a maioria dos ataques dos adversários.
As senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), além de Ciro Gomes (PDT), criticaram a ausência de Lula e afirmaram que o governo Bolsonaro é corrupto, o que deixou o presidente indignado. Ele pediu cinco direitos de resposta e teve três aceitos nos três primeiros blocos. “(Bolsonaro) Não gosta de trabalhar, fica de moto e jet ski. Presidente que mente e cria fake News”, disse Simone.
“Me acusam de corrupção, mas não dizem onde está a corrupção. Temos três anos e meio sem corrupção no governo”, rebateu o presidente.
Soraya criticou Bolsonaro por reduzir a verba para merenda escolar e aumentar a compra de leite condensado e viagra. O presidente disse que os medicamentos para disfunção erétil são prescritos por médicos. Ele também afirmou que Simone e Soraya se beneficiaram do orçamento secreto.
Felipe D’Ávila (Novo) afirmou que Lula é o maior corrupto do Brasil, mas cutucou Bolsonaro ao comparar o mensalão ao orçamento secreto. O presidente disse que não sabe para onde vai o dinheiro do orçamento secreto.
Ciro não poupou críticas a Bolsonaro, mas focou mais em Lula. Ele disse que os mandatos do PT “devastaram a indústria nacional”.
O Padre Kelmon (PTB) foi na contramão, concentrou suas perguntas em se mostrar contrário à descriminalização do aborto e defendeu Bolsonaro. “Todos estão atacando Bolsonaro. É cinco contra dois”, disse.