Ex-PM acusado de atirar na vereadora e no motorista Anderson Gomes fez acordo de delação premiada
O ex-policial militar Ronnie Lessa apontou o ex-deputado Domingos Brazão (ex-MDB) como um dos mandantes das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, de acordo com o site Intercept Brasil.
Lessa, acusado de atirar nas vítimas, fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Ele está preso desde 2019. O acordo, no entanto, precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) já que Brazão tem foro privilegiado por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
Não é a primeira vez que o nome de Brazão é citado no caso Marielle. Em 2019, ele foi acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de obstruir as investigações.
O Intercept afirma que a principal hipótese para que Domingos Brazão ordenasse o atentado contra Marielle é vingança contra Marcelo Freixo (PT) com quem a vereadora trabalhou. Brazão foi citado na CPI das milícias, em 2008, presidida por Freixo.
Marielle Franco começou na política em 2006, quando integrou a equipe de campanha que elegeu Freixo como deputado estadual no Rio de Janeiro, passando a assessorá-lo por 10 anos.
Freixo é ex-deputado estadual pelo PSOL e atual presidente da Embratur.