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Rio cria ‘Alerta Pri’ para ajudar na busca por desaparecidos enviando mensagem no celular

Priscila Belfort está desaparecida há 17 anos (Foto: Divulgação)
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Alerta conterá fotos e informações da vítima; lei leva o nome de Priscila Belfort, desaparecida há 17 anos 

O Rio de Janeiro criou o “Alerta Pri” para ajudar as famílias na busca por crianças e adolescentes desaparecidos no estado. A Lei nº 9.182/2021 regulamentada em 18 de março cria o primeiro sistema de alerta por telefone do Brasil. O nome é uma homenagem à Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, desaparecida há 17 anos. 

A ferramenta será usada pela Polícia Civil e irá emitir um alerta através de mensagem de texto com foto e informações das vítimas, como nome, idade, características físicas e local de desaparecimento. As empresas de telefonia serão obrigadas a divulgar as mensagens. 

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio afirma que o dispositivo foi inspirado no Alerta Amber, dos Estados Unidos, que também é utilizado em outros 27 países e é uma das ferramentas mais eficazes no combate ao desaparecimento de pessoas. De acordo com a pasta, entre 1996, ano da criação do Alerta Amber, e 2013, o programa salvou mais de 650 crianças sequestradas. 

Segundo a Delegacia de Descoberta de Paradeiros, 4.545 pessoas entre 0 e 17 anos de idade desapareceram apenas na cidade do Rio de Janeiro em 2020. Deste total, mais de 96% dos casos foram solucionados.

“Em um estado onde desaparecem mais de 20 pessoas por dia, precisávamos de uma lei como essa. A divulgação, nas primeiras 24 horas, dos dados das criança ou adolescentes desaparecidos, aumentam as chances de localização”, disse o autor da lei e deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL-RJ).

Caso Priscila Belfort 

Priscila Belfort, 29 anos, desapareceu em 9 de janeiro de 2004 o trabalho para almoçar. A mãe Jovita Belfort havia deixado Priscila mais cedo no escritório e nunca mais viu a filha. 

Uma das hipóteses levantadas na época é a de que Priscila foi sequestrada pelo tráfico e morta por uma dívida, algo que não foi comprovado. A família acredita que a jovem está viva.

“O Alerta Pri é a esperança, principalmente para as mães de crianças e adolescentes desaparecidos. Esse dispositivo com certeza vai resolver muitos casos”, disse Jovita que é superintendente de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas.

Em 9 de janeiro, data em que Priscila desapareceu, Vitor fez uma postagem nas redes sociais ao lado da mulher, Joana Prado, e dos filhos pedindo pela volta da irmã. Todos estavam vestidos com camiseta estampada com a foto de Priscila e a frase: Volta Priscila. 

Rio cria ‘Alerta Pri’ para ajudar na busca por desaparecidos enviando mensagem no celular
Foto: Reprodução/Instagram

O casal ressaltou que cerca de 80 mil pessoas desaparecem por ano no Brasil, metade delas são crianças e adolescentes, e pediu para os seguidores se importarem com a causa. 

“Não conseguimos dar o último beijo, o último abraço e adeus. Convido todos vocês a virem lutar esta luta comigo, minha família e todas as famílias afetadas por este mal”, escreveu. 

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