De acordo com a Prefeitura, a expectativa é que licitações sejam retomadas em até 40 dias e obras comecem em agosto
A Prefeitura de Guarulhos confirmou ao GRU Diário, nesta terça-feira (18), que as licitações do Programa de Macrodrenagem e Controle de Inundações do rio Baquirivu-Guaçu estão paralisadas por conta de questionamentos do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo).
Levantamento feito pelo GRU Diário constatou que três licitações que visavam a contratação de empresa especializada para canalização do Rio Baquirivu e a construção de um parque linear, que deveriam definir as empresas vencedoras no dias 26, 27 e 28 de abril, foram adiadas sem previsão de data futura para reabertura.
Outras três consultas públicas com os objetos citados das licitações anteriores seguem ativas, porém, outra licitação para contratação de empresa especializada na implantação de áreas de recreação e esporte com iluminação pública sustentável para o parque linear também foi adiada sem previsão de reabertura.
Neste momento, a única licitação sobre o tema que está em andamento é para um contrato de consultoria para supervisão técnica, ambiental e social das obras constantes no programa de macrodrenagem e controle de enchentes do rio Baquirivu-Guaçu.
“A suspensão das referidas licitações da obra de canalização do rio Baquirivu foram necessárias devido a questionamentos feitos pelo TCE. A Secretaria de Obras está providenciando as respostas para que as mesmas sejam retomadas, o que deve ocorrer entre 30 e 40 dias. A obra tem início previsto para o começo de agosto com prazo de 30 meses para conclusão”, diz a Prefeitura, em nota.
A reportagem ainda não obteve acesso aos questionamentos do TCE-SP, mas divulgará as informações assim que forem obtidas.
O ambicioso projeto de macrodrenagem do Rio Baquirivu-Guaçu é vista como a principal obra deste segundo mandato do prefeito (Guti). Para conseguir tal feito, a Prefeitura de Guarulhos obteve um empréstimo de R$ 516 milhões junto à Corporação Andina do Fomento (CAF) que será liberado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina.
A expectativa a é que a obra reduza em até 70% as ocorrências de enchente na região, sendo que a Secretaria de Obras estima uma economia de até R$ 20 milhões aos cofres públicos em prejuízos gerados pelas inundações que afetam os bairros próximos.