Segundo superintendente, policial cortou grade para que viatura pudesse passar pelo local
O superintendente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em São Paulo, Fernando Miranda, negou que um agente filmado ao cortar uma grade de acesso entre duas pistas da Rodovia Hélio Smidt, em Cumbica, tenha feito o ato para ajudar manifestantes bolsonaristas que bloqueavam o acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
“Tem um vídeo que foi muito divulgado, de um policial da PRF cortando uma telinha. Aquela tela, aquele alambrado pequenininho que aparece no vídeo é um que fica entre as duas pistas da [Rodovia] Hélio Smith. A pista leste e oeste [da rodovia] tem um gramado, um colega precisou cortar aquele alambrado para que a viatura que fosse apagar o incêndio pudesse passar, isso, porque a pista do lado leste estava totalmente interditada”, disse Miranda.
A declaração foi dada durante entrevista coletiva para a imprensa nesta terça-feira (1º). Durante o vídeo, um manifestante chega a dizer que o agente está ajudando o protesto.
“O pessoal do movimento pegou aquele momento em que o policial estava cortando o alambrado para a passagem e retorno da viatura e falou que a Polícia Rodoviária Federal estava apoiando o movimento. Não é verdade que a Polícia Federal esteja ao lado do movimento para colaborar com qualquer tipo de movimento que seja contra o que está na Constituição”, complementou o superintendente.
A atuação da PRF foi alvo de críticas de pessoas que consideraram que houve uma conivência com os atos bolsonaristas.
Os manifestantes, que fazem bloqueios em todo o País, não aceitam a vitória do presidente eleito Lula (PT) e a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ainda pedem por intervenção militar.
A PRF nega qualquer envolvimento dos agentes e afirmou que teve de mobilizar agentes de folga e férias para realizar desbloqueios. Segundo o superintendente, durante a greve dos caminhoneiros, em 2018, demorou uma semana para que todas as vias fossem liberadas.