Representantes da Prefeitura de Guarulhos e da Instituto Associativo Continental (Iacon) se reuniram na sexta-feira, 13, para debater os rumos do processo da execução fiscal contra o grupo econômico da imobiliária Continental, cuja a ideia principal é firmar um acordo entre clientes da imobiliária e o proprietário Walter Luongo para quitação de débitos com o município.
“Ficou muito claro que a principal ideia é buscar uma solução para este problema. A Procuradoria testificou que a ideia não é só arrecadar os valores, receber os valores, é criar uma forma na qual o munícipe, o morador, o adquirente se sinta seguro e pague”, disse Marcelo Lorenzini, presidente da Iacon.
Atualmente, a Procuradoria-Geral do município conseguiu bloquear R$ 116 milhões da imobiliária. A sentença é decorrente de 27.824 execuções fiscais que visam ressarcir aos cofres públicos municipais valores devidos por um grupo de 27 empresas pertencentes a Walter Luongo, desde 2014.
Luongo aponta que a dívida dos tributos são dos moradores dos imóveis, mas muitos não possuem escritura ou possuem ainda débitos com o empresário. A ideia da Procuradoria é fazer com que o empresário aceite renegociar a dívida de seus clientes, de modo que eles pagariam parte da dívida com a Prefeitura e o restante do valor em aberto na aquisição do imóvel para o grupo econômico.
Segundo Lorenzini ressaltou, mais de 70 procuradores estão no acompanhamento do caso. Já referente a um possível grupo de trabalho, a ideia da associação era paralisar todas as ações de reintegração, mas isto exigiria a participação e a concordância do judiciário.
“Se foi comentado na mesa (por parte do governo municipal) para que se chamasse o senhor Walter Luongo para verificar se ele tem a disponibilidade de fazer um acordo e qual seria o acordo”, disse Lorenzini. Segundo ele, a Prefeitura deve tentar fazer uma reunião entre Luongo e membros da associação que representem os moradores.
A Iacon já entrou com uma petição para que o poder Judiciário inclusive intermediasse estas negociações. Enquanto a reunião acontecia, moradores e associados ficaram em frente ao Paço Municipal para receber notícias sobre o que foi definido.
Em nota, a Prefeitura informou que “está dando apoio às famílias para que consigam resolver as questões com a Imobiliária Continental. Nesta sexta-feira foi realizada uma reunião com esse objetivo, com a participação de comissão dos moradores com as secretarias de Governo e Habitação, além Procuradoria Geral do Município (PGM)”.
A reportagem já enviou uma série de questionamentos ao grupo de Walter Luongo, mas não recebeu resposta até o momento.