Embaixada ucraniana nega que símbolo usado por partido de extrema direita e ultranacionalista seja neofacista
Apontado por grupos contrários como detentor de uma bandeira supostamente nazista que teria sido o estopim da briga entre apoiadores e torcidas organizadas contrárias ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), Alex Silva, instrutor de Segurança de 46 anos , vive na Ucrânia, país de origem do acessório, e veio ao Brasil para abrir uma filial de tiro da empresa que trabalha em Kiev.
As informações são da coluna “Saída pela Direita”, da Folha de São Paulo. A bandeira carregada por Silva é do partido político Pravy Sektor, um partido de extrema direita da Ucrânia, mas não é um acessório que faz parte dos itens proibidos do País por assimilação ao nazismo, embora parte dos membros do partido sejam tratados como ultranacionalistas.
“É uma bandeira antiga, usada desde o século 16. O preto simboliza a terra ucraniana, que é muito fértil, e o vermelho é o sangue dos heróis. Não tem nada de nazista”, disse Silva à Folha de São Paulo.
O brasileiro informou que mora na Ucrânia desde 2014, onde trabalha na empresa Center-A, com oferta de cursos de estratégias militares para o setor público e privado. Ele participou, por exemplo, de diversas ações de contenção de grupos russos na tentativa de tomar a Ucrânia.
De acordo com a embaixada ucraniana, “a bandeira rubro-negra simboliza a nossa terra e o sangue de nossos heróis derramado por Liberdade, Independência e Soberania da Ucrânia. Essa bandeira foi usada desde o século XVI (16) pelos cossacos ucranianos nas lutas contra invasores estrangeiros, e por isso durante o século passado e no começo do século XXI (21) virou o símbolo de luta dos ucranianos contra ocupação, chovinismo e imperialismo russos”, explicou.