Possessivo, pai tratava a filha como esposa e a matou na casa onde ela morava com a mãe e os irmãos
O detento Alecsandro de Oliveira Costa foi condenado, em júri popular realizado na quinta-fera (9), há 28 anos e nove meses de prisão pelo assassinato da própria filha, a estudante Thamires Gouveia Machado, de 21 anos, em 14 de janeiro do ano passado, em Guarulhos.
Ele foi condenado por homícidio com três qualificadoras (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio) e por constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo, pois obrigou um motorista de aplicativo a retirá-lo do local do crime.
Comparsa do criminoso, Weverton Otavio de Melo Lima foi sentenciado a 20 anos de prisão, também em regime fechado, por homicídio com duas qualificadoras: constrangimento ilegal e agravante de reincidência.
Os autos do processo apontam que Costa tratava a filha como se fosse mulher dele. Quando a vítima resolveu se mudar para tentar fugir das investidas do pai, passou a ser perseguida.
Na tentativa de interromper o comportamento do pai, a jovem disse que, se ele continuasse a procurá-la, ela o entregaria às autoridades policiais, já que o homem estava foragido desde uma saída temporária em 2018.
Entenda o caso

O crime ocorreu em 14 de janeiro do ano passado, na casa onde a estudante morava com a mãe e irmãos, no Gopoúva. Segundo testemunhas, o pai chegou no imóvel em um carro de aplicativo, atirou na filha e fugiu.
Um comparsa teria ajudado o pai para que Thamires saísse de casa. A estudante chegou a morar com o pai em Jandira, quando ele deixou a prisão, mas como ele se mostrou violento e controlador, ela decidiu voltar para Guarulhos e passou a ser ameaçada pai.
O suspeito havia sido condenado por roubo e homicídio e estava foragido, desde 2018, quando não retornou à prisão durante uma saidinha.