Grupo criminoso promovia a inclusão fraudulenta de dependentes e curadores fictícios nos sistemas do INSS
A Polícia Federal (PF), juntamente com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, deflagrou nesta terça-feira (23) a operação Senha Forte, que visa desarticular grupo criminoso que fraudava benefícios previdenciários em diversos estados do Brasil, causando grande lesão aos cofres públicos.
Conforme apurado, o grupo criminoso promovia a inclusão fraudulenta de dependentes e curadores fictícios nos sistemas do INSS com vistas a levantamento de valores indevidos. A investigação teve início com a prisão em flagrante de falsos dependentes e curadores em Feira de Santana, na Bahia, em maio de 2020, quando, de forma fraudulenta, tentavam sacar cerca de R$ 80 mil, referente a um benefício manipulado.
Nesta nova etapa das investigações foram cumpridas 6 medidas judiciais, dentre elas, 3 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão temporária, nas cidades de Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos e capital, tendo como alvo pessoas que tinham por função arregimentar os falsos dependentes e curadores nos estados.
O valor do prejuízo estimado com as fraudes já supera a ordem de R$ 31 milhões, relacionados a mais de 100 benefícios previdenciários suspeitos, números estes que muito provavelmente se tornarão superiores com o avançar das investigações.
Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles associação criminosa (art. 288, CP), estelionato previdenciário (art. 171, §3º do CP), inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP), dentre outros, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 30 anos de prisão.