Assim como no caso das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, o estrangeiro foi preso injustamente
O líbio Ahmed Hasan, de 37 anos, foi preso por suspeita de tráfico de drogas após ter etiqueta da mala trocada no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O caso foi revelado pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (29). Assim como no caso das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía que ficaram detidas durante 40 dias na Alemanha, Hasan foi preso injustamente.
As bagagens de Hasan e da esposa seguiram para a Turquia, em outubro de 2022. O casal seguiu normalmente para casa. Depois de alguns dias, foram morar na Líbia. Os dois descobririam, meses depois, que a etiqueta de uma das bagagens de Hasan foi usada para transportar 43 kg de droga do Brasil para a Turquia.
“Alguém retirou essa etiqueta, mas, em vez de usar no próprio dia, [a pessoa] guardou para usar alguns dias depois no voo onde foi a droga efetivamente”, disse o delegado Felipe Lavareda, da Polícia Federal.
A polícia turca interceptou as malas e entrou em contato com a PF que iniciou as investigações. Em em maio deste ano, Hasan viajou para a Turquia e acabou preso.
“Ela [uma advogada turca] disse que eu estava sendo acusado de tráfico internacional de drogas. Eu me assustei, quase morri. Foi um choque enorme para mim”, contou em entrevista ao programa.
A advogada das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía é responsável pela defesa de Hasan. O julgamento será realizado no dia 30 de novembro em Istambul, na Turquia. A acusação de tráfico também envolve a esposa e Hasan.
“Espero que tudo isso acabe no dia 30 de novembro. Eu não consigo mais ficar sem ver a minha família, não consigo tocar direito meus negócios”, diz Ahmed.