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Laudo diz que Henry morreu ao menos 1 hora antes de ser levado ao hospital e mostra mãe carregando filho no elevador

Foto: Reprodução/TV Globo
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Justiça do Rio negou habeas corpus ao casal nesta segunda-feira (12)

Laudo da reconstituição da morte de Henry Borel, de 4 anos, aponta que o menino já estava morto ao menos uma hora antes de ser levado para o hospital pela mãe e o padrasto. As informações são do jornal Folha de S.Paulo que teve acesso a uma imagem do elevador do dia 8 de março, às 4h09min. 

A foto mostra Henry no colo da mãe, Monique Medeiros da Costa, de 32 anos, com os olhos revirados e rosto pálido. O seu namorado, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, segurando uma bolsa. Henry já chegou morto ao hospital, afirma a equipe médica que atendeu o menino. 

O documento afirma que Henry sofreu 23 lesões produzidas por ação violenta entre 23h30 e 3h30 do dia 8 de março. A hipótese de acidente doméstico em decorrência de uma queda foi descartada mais uma vez.

Peritos acreditam que as lesões foram provocadas em momentos distintos já que Henry teria acordado pelo menos três vezes e interrompido o casal que assistia a uma série. 

As marcas encontradas no corpo de Henry sugerem “ações contundentes e diversos graus de energia, sendo que as lesões intra-abdominais foram de alta energia”, afirma a reportagem.

Casal foi preso

Exatamente um mês após o crime, o vereador Dr. Jairinho e a mãe Monique Medeiros da Costa foram presos preventivamente na manhã desta quinta-feira (8) pela morte de Henry Borel e por atrapalhar as investigações, inclusive ameaçando testemunhas. 

O casal responderá por homicídio duplamente qualificado por tortura e emprego de recursos que impossibilitou a defesa da vítima. Eles podem pegar até 30 anos de prisão.

Jairinho foi expulso do Partido Solidariedade e do Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio, e teve o salário cortado.

Habeas corpus negado

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou nesta segunda-feira (12) pedido de habeas corpus feito pela defesa do vereador Jairo José Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, e de Monique Medeiros da Costa, 32 anos, mãe de Henry Borel, de 4 anos, morto em 8 de março.

Segundo o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, a prisão temporária é cabível “quando imprescindível para as investigações do inquérito policial”. 

Mãe sabia das agressões

Mensagens recuperadas pela polícia entre Monique e a babá de Henry, Thayná de Oliveira Ferreira, apontam que a mãe sabia das agressões que o filho sofria. A conversa  entre as duas dura cerca de 1h30min e narra o momento em que Henry fica sozinho com o padrasto no quarto e como o menino ficou ao sair de lá

Segundo a babá, Jairinho teria dado uma rasteira e chutado Henry, e que o menino estaria mancando e com dor na cabeça. “Tia, não lava não. Tá doendo”, disse o menino.

No mês anterior à morte do filho, Monique entrou em contato com uma prima pediatra para falar sobre o comportamento de Henry. Ela afirmou que o filho tremia quando encontrava Jairinho e vomitava, comportamento que já havia sido apontado pelo pai do menino, Leniel Borel.

O comportamento da mãe após da morte de Henry foi um dos pontos que chamaram atenção durante a investigação. Segundo o polícia, Monique foi a um salão de beleza após o enterro do filho onde escovou os cabelos e fez as unhas das mãos e dos pés. 

No dia em que prestou depoimento sobre a morte do filho, Monique tirou uma selfie na cadeia. aparece sem máscara, sentada com os pés sobre uma cadeira e com um leve sorriso, mostrando a tatuagem. Um homem que seria da equipe de advogados de defesa do casal aparece ao seu lado na imagem.  

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