Segundo a juíza, a concessionária está preocupada com os “possíveis danos à imagem e reputação”
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) negou o pedido da GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, para manter em segredo de justiça o processo sobre o desaparecimento da cadela Pandora.
A decisão foi proferida pela juíza Juliana Pitelli da Guia, na última quarta-feira (19). Em sua justificativa, a magistrada argumenta que “é absolutamente desnecessário” o sigilo, uma vez que as imagens das câmeras de segurança do aeroporto não serão anexadas ao processo, e que o sumiço da Pandora é “questão evidente de interesse público”.
“Ao que parece, a preocupação diz mais respeito à possíveis danos à imagem e reputação das requeridas do que efetivamente à segurança nacional”, conclui a magistrada.
Pandora desapareceu em 15 de dezembro durante conexão em Guarulhos. O tutor Reinaldo Gomes Junior move uma ação contra a GRU Airport e a Gol Linhas Aéreas para garantir que as buscas pela cadela continuem e o acesso às imagens das câmeras de segurança do aeroporto seja garantido, além do custeio com hospedagem.
Junior acredita que a mobilização do público no caso da Pandora contribuiu para a decisão da juíza. “Sim, a reação e o apoio de vocês está sendo sentido por mim e por todos os envolvidos nesse caso”, escreveu nas redes sociais.
A reportagem entrou em contato com a GRU Airport e aguarda um posicionamento.
As buscas por Pandora continuam. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Pandora, entre em contato com Reinaldo nos telefones (81) 99611-8997 (WhatsApp) e (81) 99241-1983.