Decisão em última instância da Justiça inglesa pode se tornar referência para outros países
A Suprema Corte do Reino Unido decidiu que a Uber deve reconhecer o vínculo empregatício de um grupo de motoristas que trabalhava para a empresa. A informação é da Reuters.
O reconhecimento deste vínculo significa que a Uber terá de arcar com um pagamento mínimo a estes trabalhadores e benefícios como férias pagas. Desta decisão não cabe mais recurso.
A sentença ocorre depois de outras duas cortes de instâncias inferiores julgarem, em 2016 e 2018, que a Uber não poderia tratar os trabalhadores como autônomos.
A medida causa uma grande impacto no modelo de negócios da empresa, que evita ao máximo reconhecer um vínculo empregatício, embora os motoristas, no caso do Brasil, possam trabalhar por até 12 horas seguidas.
Na próxima sexta-feira (26), um protesto organizado pelo Stattesp (Sindicato dos Trabalhadores com Aplicativos de Transportes Terrestres Intermunicipal do Estado de São Paulo) quer que as empresas Uber e 99 encerrem as promoções Uber Promo e 99 Poupa. De acordo com os trabalhadores, a criação desta promoções traz prejuízos aos motoristas que muitas vezes não conseguem sequer a compensação da gasolina gasta.