Doria aumenta restrições, impõe toque de recolher e proíbe jogos de futebol e cerimônias religiosas
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (11) mais medidas restritivas diante do colapso de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) em 53 municípios paulistas. O Estado sai da fase vermelha e entra na chamada “fase emergencial”, mais próxima de um lockdown, entre segunda-feira (15) e 30 de março. Todas as medidas valem para Guarulhos.
O Centro de Contingência do Coronavírus definiu as novas restrições. “Buscamos proteger a vida das pessoas”, afirmou o coordenador dos especialistas, Paulo Menezes.
Serviços de retirada, lojas de materiais de construções, celebrações religiosas e atividades esportivas coletivas estão proibidos. O teletrabalho passa a ser obrigatório nos órgãos públicos, escritórios e qualquer atividades não essencial. Delivery está liberado. Drive thru pode funcionar das 5h às 20h.
O Estado entra em toque de recolher entre 20h e 5h. Há proibição do uso de praias e parques, além de aglomerações. O uso de máscaras é obrigatório, mesmo em um encontro com poucas pessoas.
As igrejas podem abrir apenas para a oração individual das fiéis, sem celebrações. Os jogos de futebol profissional também estão suspensos.
As escolas podem ficar abertas apenas para alimentação e distribuição de materiais, com agendamento prévio.
“Infelizmente chegamos ao momento mais críticos da pandemia”, afirmou Doria. Ele teme que paulistas morram por falta de atendimento. Ele disse que, em um ano, o número de leitos subiu de 3,5 mil para 9,2 vagas.
O secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que metade da ocupação de leitos de UTI é de pessoas com menos de 50 anos, muitos sem comorbidades.
O Estado tem 9.184 pacientes internados com covid-19, índice 47% maior do que o registrado no pico da primeira onda da pandemia. Mais de mil pacientes, neste momento, aguardam vagas de internação. A taxa de ocupação de UTIs na Grande São Paulo é de 87%.
Denúncias de aglomerações podem ser feitas nos telefones 0800-771-3541/3065-4666, além do site www.procon.sp.gov.br e o e-mail [email protected].