Trabalhadores querem que prefeito revogue decreto de extinção da companhia de capital misto
Funcionários da Proguaru voltaram a decretar greve contra a extinção da empresa durante assembleia realizada pelo Stap (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública) em frente à Prefeitura de Guarulhos, no Bom Clima, na manhã desta quarta-feira (15).
Mais de mil pessoas assinaram a lista de presença, mas de acordo com Pedro Zanotti, presidente do Stap, aproximadamente 500 pessoas ficaram até o final e votaram pela greve.
“Nós temos que, já que votamos pela greve, convencer os nossos companheiros que eles têm que parar”, reforçou Zanotti.
De acordo com o sindicalista será feita uma notificação para informar o acontecimento da greve ao poder público, que deve começar na próxima segunda-feira (20). Funcionários que atuam na saúde não devem aderir ao movimento por se tratar de um serviço essencial.
A reportagem questionou a Prefeitura sobre quais medidas o poder público deve tomar contra a greve. Esta matéria será atualizada assim que obtivermos resposta.
Os trabalhadores devem fazer uma nova assembleia no 1º dia de greve, na segunda-feira (20), para atualizar os trabalhadores sobre o andamento do processo grevista.
A extinção da Proguaru foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Guti (PSD) no final do ano passado sob justificativa de sucessos prejuízos nos últimos dois anos. Neste mês, o prefeito iniciou o processo de licitação para substituição da Proguaru em serviços como varrição, pintura, limpeza e portaria.
Já Oposição, sindicato e uma comissão de trabalhadores “Em Defesa da Proguaru” criticam o fim de uma empresa que faz parte do patrimônio municipal e tentam manter a empresa e os 4,7 mil trabalhadores que devem ser dispensados.
A comissão de trabalhadores chegou a reunir assinaturas de mais de 1% do eleitorado guarulhense para solicitação de um referendo, como manda a Lei Orgânica do município, mas teve o pedido negado pelo Tribunal Regional Eleitoral, que afirmou que o pedido deveria ser deliberado pelo plenário da Câmara.
O presidente do Legislativo, Martello (PDT), apresentou recurso contra a decisão do TRE e aguarda resposta.