Sem prescrição e acompanhamento médico, estimulantes podem se tornar vilões e causar até infarto
O Carnaval é tradicionalmente associado ao aumento da atividade sexual. Há homens que recorrem a medicamentos estimulantes por conta própria para garantir boas performances. Entretanto, o que parece fazer parte de uma brincadeira pode levar à morte de quem começa a usar a medicação sem recomendação médica.
Quem explica é Ageu Pedro Júnior, administrador da Hominem Clinic Guarulhos, clínica especializada em saúde sexual masculina.
“O citrato de sildenafila é o princípio ativo do Viagra, por exemplo, e não apresenta perigos isoladamente. Porém, quando sua administração ocorre de forma desordenada ele pode gerar efeitos colaterais, como taquicardia ou até infarto”.
Em uma consulta com especialista, o médico saberá dizer se existe realmente a necessidade de uso da medicação ou se a insegurança sobre o desempenho é apenas uma questão psicológica.
“Se for o caso, podemos recomendar o uso de remédios, mas na dosagem correta para atender a necessidade de cada paciente”, explicou Ageu.
Antes de começar o uso de estimulantes, é necessário checar as condições do coração e do fígado, e o padrão da pressão arterial. Mesmo depois do check-up, existe o risco de efeitos colaterais. O uso da medicação deve ser suspenso imediatamente se:
- o paciente sentir dor no peito;
- se houver perda repentina da visão;
- se as ereções durarem mais de quatro horas ou causarem dor;
- caso o homem sofra convulsões ou alergias;
- ou se houver reação cutânea grave, que pode ser acompanhada por febre, descamação da pele, inchaço e bolhas.
“É por isso que ressaltamos a importância de se ter um acompanhamento médico adequado. A disfunção erétil é um problema de saúde que, assim como outros, precisa ser tratado com seriedade e tratamento correto. Caso contrário, o paciente pode apresentar distúrbios mais graves, inclusive com chances de ir a óbito”, completou Ageu.