Na linha de frente contra a covid-19, José Mendes contraiu a doença, teve complicações, mas hoje atua na imunização dos demais profissionais
De conversa fácil e tom amigável, o enfermeiro José Mendes, de 64 anos, membro do grupo de risco da covid-19, contraiu a doença em abril e chegou a ficar oito dias em coma, mas dá “graças a Deus” por ter sobrevivido e ter sido “convocado” para vacinar os colegas que atuam no combate à pandemia.
Em conversa com o GRU Diário nesta quinta-feira (21), Mendes contou que a doença não é brincadeira e que as pessoas devem tomar cuidado. Ele sentiu na pele o risco de perder a vida e valoriza a chance de poder ter sido convocado para vacinar os amigos.
“Eu tive no mês de abril, uma situação muito grave, não só eu, como vários médicos, enfermeiros, colegas técnicos e auxiliares de enfermagem aqui do hospital. Eu passei por uma situação muito delicada. Fiquei oito dias intubado em um hospital particular em São Paulo, pela Prevent Sênior, foi quando Deus permitiu que eu voltasse e tive condições de sobrevida. Passado alguns meses, eu estou aqui feliz por poder estar participando diretamente na vacinação dos funcionários”, contou.
Ele relatou também que foi uma experiência dura ter sido contaminado pela covid-19. “Só quem passou por isso sabe a dificuldade, o peso, o sofrimento, porque você ficar oito dias internado, entubado em uma UTI, você sendo profissional da saúde, tendo conhecimento maior dos riscos, a gente passa por todo este processo e sabe que é uma situação muito delicada, muito difícl não só para nós como para os parentes e os amigos”, explicou Mendes.
No HMU, todos os 750 funcionários que atuam desde a linha de frente até a manutenção dos hospital devem ser vacinados nesta primeira etapa.