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Empresários cobram mais ônibus e Guarupass diz que vai adequar demanda

Ponto de ônibus 4 de setembro
Foto: Eurico Cruz
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Com fase vermelha do Plano São Paulo, empresários pediram para não haver redução e flexibilizam horário de entrada e saída de funcionários

Empresários e representantes de instituições empresariais ouvidos pelo GRU Diário solicitaram ao governo municipal e a Guarupass para que não houvesse redução na oferta de ônibus, por conta da fase vermelha do Plano São Paulo, para evitar que seus funcionários enfrentem um maior risco de contaminação pela covid-19 quando se movimentam entre a casa e o trabalho.

Na quarta-feira (4), em reunião com representantes do poder público e da Guarupass, sindicato que representa as empresas do setor, foram discutidas medidas voltadas a este tema, como a flexibilização de horários de funcionários para evitar aglomeração no transporte público durante o horário de pico.

De acordo com Aarão Rubem de Oliveira, do Conselho Fiscal Efetivo da Asec (Associação dos Empresários de Cumbica) e presidente da Agende (Agência de Desenvolvimento e Inovação de Guarulhos), não adianta os empresários flexibilizarem horários para os funcionários se não houver a oferta necessária de ônibus para os trabalhadores.

De acordo com ele, a Prefeitura deve fiscalizar a oferta de ônibus e as empresas devem manter um ritmo de transporte que não permita o distanciamento social dos passageiros. Ele defende até mesmo um decreto municipal que permita somente passageiros sentados.

Atualmente, a Ouvidoria do Município (telefone 08000-551-715 ou e-mail [email protected]) é a responsável por receber reclamações dos passageiros.

Aarão, que também foi presidente da Asec, ressaltou que mesmo a implantação do Bilhete Único na cidade não entregou o que foi prometido e seria necessário investir mais em tecnologia. “Existe uma série de vantagens que deveriam ser implantadas com o Bilhete Único, como um sistema de GPS para informar o horário dos ônibus nas paradas, que não foram implantadas”, disse.

Por outro lado, o empresário também afirma que “os colaboradores têm de ter o bom senso” de entender que estão entrando e saindo mais cedo do trabalho para evitar uma contaminação da covid-19 e não para terem mais tempo livre para frequentar um bar ou algum outro local de aglomeração.

De acordo com Maurício Colin, diretor do Ciesp (Centro das Indústria do Estado de São Paulo) em Guarulhos, o tema do transporte foi um dos principais pontos discutidos com o governo e o sindicato.

“Eu bati muito nisso. Eu falei com a Guarupass e o Márcio [diretor da Guarupass] me garantiu que qualquer tipo de alteração nos números do transporte público será discutida para que se evite redução. Eu entendo que vai cair o volume de passageiros, eu sempre procuro colocar esta questão, mas o trabalhador não pode sair prejudicado”, afirmou Colin.

Já o presidente da ACE Guarulhos, Silvio Alves, também afirmou que é contra a redução e defende a ampliação do transporte.

A reportagem questionou Márcio Pacheco, diretor-executivo da Guarupass, que afirmou que a fase vermelha é um processo de reorganização tendo em vista a demanda dos transportes, avaliada junto à STMU (Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana).

De acordo com o executivo, é fato que por conta do fechamento de shoppings, comércios, bares e restaurantes há uma queda expressiva de até 80% na demanda, conforme há um ano atrás, no início da pandemia. Ele afirmou que até hoje a demanda do transporte público é inferior ao início de 2020.

“A gente tem acompanhado todos os casos e existem situações, como horário de pico, em que temos aumentado a oferta do transporte”, afirmou Pacheco.

A aglomeração dos transportes é um dos principais argumentos usados por pessoas que costumam ir para bares que desrespeitam as restrições do Plano SP, festas clandestinas e até pancadões para justificar este período de lazer.

De acordo com Pacheco, a gente passa por um momento diferente de março do ano passado, quando ainda não se tinha uma noção do comportamento do passageiro durante a pandemia, e que agora é possível tomar medidas mais assertivas.

No ano passado, o governo municipal também solicitou aos secretários que fosse feita uma flexibilização do horário de entrada e saída dos funcionários. Em Guarulhos, a gratuidade do transporte de idosos, diferente da Capital, segue mantido.

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