Favorita ao pódio, ginasta norte-americana deixou competição ao afirmar que precisava cuidar da saúde mental
A ginasta guarulhense Rebeca Andrande, 22 anos, que conquistou a prata olímpica na modalidade individual nas Olimpíadas de Tóquio, nesta quinta-feira (29), afirmou que a norte-americana Simone Biles é a melhor e tomou a decisão certa ao deixar a competição para tratar de sua saúde mental.
“Eu acho que o fato de ela ter saído não foi nada negativo, as pessoas têm que entender que o atleta não é um robô, ele é um humano, então a decisão que ela tomou foi a coisa mais sábia que ela pôde fazer por ela, não foi nem pelos outros, porquê não se brinca com a cabeça”, disse Rebeca sobre Biles em entrevista ao SporTV.
Foi então que Rebeca valorizou a adversária que deixou a competição após não ter um desempenho que lhe era esperado.
“E o que eu sempre falei nas entrevistas quando me perguntaram o que eu sempre admirei nela era o psicológico dela. Porque todo mundo sabe que ela é a melhor do mundo, ela tem todo o talento do mundo, assim, tipo, ela é incrível mesmo. Eu sempre admirei muito isso porque a pressão em cima dela era constante e era muito difícil, ela acabava se cobrando muito também. Ela tem que entra no ginásio para se divertir sabe? Não pensando ah, eiu tenho de ganhar se não vai acontecer isso, isso e isso. Então eu fiquei orgulhosa dela por ter tomado esta atitude e ter pensado nela antes de qualquer outra coisa”, defendeu a guarulhense.
Rebeca também ressaltou o trabalho mental que fez para chegar até o pódio olímpico e representar uma vitória brasileira na gisnática.
“Eu trabalho muito com a minha psicóloga por causa disso. Hoje eu sou uma atleta diferente justamente pela cabeça que eu tenho, porque eu acho que se eu tivesse em 20165, quando eu era muito nova, muito crua, isso não teria acontecido. Acho que foi o momento, tem de passar pelo processo”, afirmou Rebeca.