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Doria convida ex-presidentes Sarney, FHC e Temer para evento pró-vacina e nega ser ato político

Foto: Divulgação/Governo de SP
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Collor, Lula e Dilma recusaram o convite do governador 

O governador João Doria (PSDB) realizou evento para incentivar a vacinação nesta segunda-feira (25), aniversário de 467 anos da cidade de São Paulo, e convidou todos os ex-presidentes da República. O ato aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, na sede do governo paulista.

Participaram do ato pró-vacina José Sarney, 90 anos, Michel Temer, 80 anos, virtualmente, e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), 89 anos, que esteve pessoalmente no evento. De acordo com Dória, o convite foi feito a todos os ex-presidentes. No entanto, Fernando Collor de Mello (Pros-AL), Luis Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) recusaram o convite. 

Doria reforçou durante vários momentos da coletiva de imprensa que não se trata de um ato político, mas de incentivar a vacinação e combater a pandemia da covid-19. “Convidei todos os ex-presidentes da República do Brasil entendendo que este ato, esse gesto não seria, como não é, um ato político e muito menos um ato de confronto, ao contrário, é um ato de união, de solidariedade, de humanidade e de entendimento que a vida dos brasileiros está acima de qualquer sentimento político, partidário, eleitoral, ou de qualquer outra ordem”, afirma Doria.

Sarney (MDB) foi o primeiro presidente a se pronunciar e falou sobre a gravidade da doença. “Um momento muito grave, talvez o mais grave que tivemos nos últimos anos”, diz Sarney. E seguiu pedindo a colaboração dos brasileiros para enfrentar a pandemia.

“A grande ameaça sobre o futuro da humanidade, da nossa espécie, era sem dúvida a ocorrência de doença desconhecida. Vivemos agora o perigo e realização dessa profecia, a terrível pandemia causada pelo coronavírus para a qual não encontramos nenhum tratamento. Me resta, portanto, a esperança para vencer essa tragédia: a vacinação – que deve ser feita com esperança e solidariedade e união de todos, com a colaboração de todos e a nossa fé, sem dúvida, em Deus. É hora de juntamos esforços, para dizer ao povo que colabore com as autoridades sanitárias, e governos estadual, municipal, federal. É um apelo pela vida e saúde de todos os brasileiros”, afirma Sarney. 

O ex-presidente Michel Temer (MDB) reforçou que todos devem cumprir os protocolos de segurança contra o novo coronavírus e a gravidade da pandemia. “Acho que o combate ao vírus, que é a manutenção da vida, é tão importante quanto a economia. A vida é algo que se vai, a economia pode ter dificuldade, mas a vida não volta, e a economia se recupera”, afirma Temer. 

Sobre a vacinação, afirmou que irá tomar a vacina quando chegar a sua vez. “Farei com muita tranquilidade e certeza que isso poderá ajudar a preservar a nossa vida. A vacina é algo essencial. Vacinem-se todos”, reforça. E ainda se solidarizou com a família dos mortos pela covid-19.

Temer afirmou no evento sobre a conversa que teve nesta segunda (25) com o embaixador da China, Yang Wanming, sobre o envio de insumos para a produção de novas doses das vacinas contra a covid-19. “Os insumos estão sendo acondicionados e virão para o Brasil”, disse Temer, mesmo sem informar quando isso ocorrerá. Doria confirmou que amanhã, terça-feira (26), terá um reunião com o embaixador da China para falar sobre o envio dos insumos.

O presidente FHC (PSDB) reforçou a fala de Doria sobre o encontro não ser de teor político. “É um gesto e amor a vida, não é um gesto político”, diz. O ex-presidente lembrou daqueles que não tem como “ficar em casa”, uma das medidas de segurança contra a covid-19. “É fácil dizer fique em casa, para quem tem casa. A minha primeira palavra é para quem não tem como se defender. É difícil ficar em casa”, afirma FHC. E prestou homenagem aos profissionais da saúde “que trabalham na defesa da vida” e aos que foram vítimas da doença.

O ex-presidente ainda reforçou que é necessário ter confiança nas instituições responsáveis pela produção das vacinas e citou o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsáveis pelo desenvolvimento das vacinas Coronavac e AstraZeneca/Oxford, respectivamente. 

FHC não quis comentar sobre a atuação do governo Bolsonaro no combate da pandemia do novo coronavírus.

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