Investigação é conduzida como homicídio
Agentes da polícia alemã, responsáveis por investigar o desaparecimento de Madeleine McCann, ocorrido em 2007, realizaram escavações em terreno próximo à Hannover, onde morou o principal suspeito do sequestro, Christian Brueckner, de 43 anos.
Atualmente, ele cumpre pena por tráfico de drogas numa prisão alemã.
Segundo os sites britânicos, um vizinho contou que Brueckner morou no local no mesmo ano em que Madeleine desapareceu. O suspeito pediu para construir um porão que serviria como adega, levando dois meses para concluir a obra, trabalhando intensamente, começando pela manhã e terminando à noite, como relatou um dos proprietários. Uma das moradoras contou à polícia que sonhou com um corpo escondido na casa e teme que isso seja real.
A equipe contou com 100 policiais, cães farejadores e retroescavadeiras. Os objetivos encontrados serão analisados. O terreno é composto por lotes e novas buscas podem ser realizadas em outras partes.
Abaixo, imagens das buscas:
Novas pistas
Há cerca de dois meses, a polícia alemã divulgou o nome de Brueckner como o principal suspeito do sequestro e disse ter evidências de que Madeleine estivesse morta, mas não foram reveladas.
O promotor alemão Hans Christian Wolters chegou a fazer um apelo aos turistas para ajudar na identificação de lugares onde o suspeito teria morado na época do desaparecimento. Wolters acredita que em um desses locais estaria o corpo de Madeleine.
Segundo a polícia, Brueckner foi um dos investigados na época do desaparecimento, mas não havia provas para prendê-lo. Ele possui condenações por abuso sexual contra crianças, estupro de uma mulher de 72 anos, em Portugal, onde morou entre 1996 e 2007, e tráfico de drogas.
Christian voltou a ser suspeito, em 2017, após uma conversa que teve com uma amiga em uma bar, na Alemanha. Ao ver uma reportagem sobre os 10 anos do desaparecimento de Madeleine, ele sugeriu que sabia o que teria acontecido com a menina.
Site oficial sobre o desaparecimento de Madeleine McCann
Os pais de Madeleine, Kate e Gerry, mantém o site ‘Find Madeleine’ com informações e fotos da filha, e links de entidades de crianças desaparecidas. Na última atualização, em 19 de junho deste ano, o casal afirma ter recebido um comunicado da polícia alemã, mas nele não havia evidências ou provas de que Madeleine está morta. Eles seguem com esperança de encontrar a filha viva.
Entenda o caso
O desaparecimento de Madeleine Beth McCann, 3 anos, aconteceu na noite de 3 de maio de 2007, em Portugal, durante as férias da família com casais de amigos e seus filhos.
Dias antes do aniversário de 4 anos, Maddie, como os pais a chamavam, foi levada do apartamento onde estava hospedada, no resort Ocean Club, na Praia da Luz, em Algarve.
A menina dormia no quarto com os seus irmãos Amelie e Sean, gêmeos de dois anos. As crianças estavam sozinhas no apartamento enquanto os pais Kate e Gerry McCann e amigos jantavam no Tapas restaurante, dentro do resort.
Os pais organizaram um rodízio para que o grupo pudesse monitorar as crianças. Eles se revezavam para ir aos quartos em intervalos de tempo. Quando Kate foi ao apartamento, não encontrou Maddie.
O documentário da Netflix “O desaparecimento de Madeleine McCann” mostra como foram conduzidas as investigações e a relação da polícia portuguesa e da imprensa com a família McCann.
Kate e Gerry se tornaram suspeitos do crime no início da investigação. Uma das teorias da polícia portuguesa era de que os pais haviam dopado os filhos com remédio para que eles não acordassem, isso ocasionou a morte acidental de Maddie, e o corpo foi ocultado.
Cães farejadores foram usados para encontrar vestígios de Maddie no quarto do hotel e no carro usado pela família, alugado depois do desaparecimento. O material coletado foi inconclusivo.
Os pais contrataram investigação particular e um porta-voz para ajudar na divulgação do desaparecimento de Maddie na mídia, algo pelo qual foram criticados.
O casal vive com os dois filhos no Reino Unido.