Aparelhos foram apreendidos após anúncio em um grupo de WhatsApp
A Polícia Militar deteve dois homens na última sexta-feira (14) suspeitos de comercializar irregularmente concentradores de oxigênio, na região do Brás, zona leste da capital. Quatro aparelhos da empresa White Martins adquiridos pela Prefeitura de Guarulhos foram recuperados. Outros cinco concentradores foram apreendidos.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, ao qual o GRU Diário teve acesso, um funcionário da White Martins denunciou o desvio dos aparelhos à Polícia Militar após descobrir que foram anunciados para venda em um grupo de WhatsApp.
Os agentes então foram até a Rua Vieira Martins, no Brás, onde fica a loja de materiais hospitalares na qual os aparelhos seriam comercializados. No local, dois homens se identificaram como funcionários e disseram ter comprado cada concentrador de oxigênio por R$ 2,8 mil. Após revista ao comércio e divergências sobre a origem dos aparelhos, os suspeitos foram levados para a delegacia.
O funcionário da White Martins informou à polícia que a empresa possui um contrato de serviço com várias secretarias de saúde municipais do Brasil, entre elas, a Secretaria de Saúde de Guarulhos. Os aparelhos adquiridos servem como backup dos cilindros de oxigênio para pacientes que necessitam desse tipo de terapia.
“A White Martins entrega na residência de pacientes indicados pelas prefeituras os aparelhos de oxigênio. Após o fim da terapia, esses equipamentos são retirados das casas dos pacientes por uma empresa contratada da White Martins”, contou o funcionário à polícia.
Quatro aparelhos não retornaram para a empresa, um deles foi anunciado para a venda na rede social. Por meio dele, outros três foram recuperados.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Guarulhos informou ao GRU Diário que “desconhece o fato e está à disposição para que tudo seja apurado. Esclarece ainda que irá aguardar a notificação oficial sobre o caso, com informações sobre os modelos de equipamentos e números de série, para que possa confrontar com as informações de patrimônio dos aparelhos entregues nas unidades do município e verificar se são de fato objetos do contrato com a Prefeitura de Guarulhos”.
O caso será investigado pelo 8º DP da capital paulista.