De acordo com governo municipal, cargos são necessários para assessorar na gestão de serviços públicos prestados
Com a extinção da Proguaru em andamento, os vereadores da base governista na Câmara Municipal autorizaram, na última quinta-feira (23), a Prefeitura de Guarulhos a criar mais 28 novos cargos comissionados.
De acordo com a gestão do prefeito Guti (PSD), o fim da empresa de capital misto e a criação da Secretaria de Administrações Regionais tornaram necessárias as contratações de novos profissionais para assessorar na gestão e na organização dos serviços públicos prestados, principalmente em áreas de zeladoria, pavimentação, microdrenagem, manutenção e urbanismo.
Ao todo, serão criados 28 cargos de assessor especial com salários de R$ 8,9 mil. Por ano, o custo dessa mão de obra será de R$ 3,9 milhões ao ano.
A extinção da Proguaru foi aprovada ainda no final de 2020, quando o prefeito Guti enviou à Câmara proposta que tratava deste tema. O projeto foi aprovado pela base governista ainda no mesmo período.
A Prefeitura alega que a empresa era deficitária, com sucessivos prejuízos na ordem de R$ 200 milhões por ano. Depois de um entrave judicial e do protesto de trabalhadores a empresa começou a ser efetivamente extinta no final deste ano.
Sindicatos e partidos de oposição criticaram a demissão de quase 4,7 mil trabalhadores com o fim da empresa. Além disso, alegam que a terceirização dos serviços prestados não traz economia e ainda prejudica a qualidade do serviço antes prestado pela Proguaru.
Contrário a aprovação dos cargos, o vereador Edmilson Souza (Psol) afirmou que a criação das novas funções de confiança acontecia em um momento controverso, já que a base governista também aprovou o fim da gratuidade nos ônibus para idosos de 60 a 64 anos.