Presidenciável afirma que é preciso superar as “maluquices econômicas”
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) visitou Guarulhos nesta quinta-feira (21). Após encontro com sindicalistas pela manhã, ele conversou com representantes das entidades empresariais da cidade, no auditório do Ciesp Guarulhos, no Jardim Pinhal, no período da tarde.
Terceiro colocado na eleição presidencial de 2018, Ciro falou sobre a necessidade de implantar um modelo nacional desenvolvimentista. Ele apontou que é preciso derrotar o petismo e o bolsonarismo no próximo ano.
Na opinião do pedetista, o Brasil precisa voltar a crescer após uma década de estagnação. Ele criticou o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “O PIB caiu 7% em dois anos, fora as maluquices econômicas que o país assistiu estarrecido e deu no que deu”, comentou.
“Lula, tu é ladrão ou panaca”, citou o presidenciável ao falar dos escândalos de corrupção no governo federal. O pedetista lembrou que o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, devolveu R$ 100 milhões aos cofres públicos ao assumir esquema de corrupção.
No caso do atual governo, Ciro apontou o Teto de Gastos e as polícias econômicas como modelos problemáticos. “Retórica Guedes é a ruína fiscal do Brasil”, disse.
Ciro comentou que a indústria era responsável por 30% do PIB brasileiro em 1980, enquanto hoje representa apenas 9%. Ele considera que é preciso reverter a desindustrialização do país.
O presidenciável fez uma indireta a Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Os dois que estão aí fazem apologia à ignorância”, citando que os políticos se orgulham de não estudar.
Em relação ao preço dos combustíveis, Ciro reclamou da política de preços da Petrobras, que prioriza os acionistas da estatal ao invés de servir ao povo. “A corrupção é grave, mas pior é a ignorância.”
De acordo com o pedetista, é preciso implantar um novo projeto econômico, que culmine na melhora da produtividade. “O papel do Estado é planejar, coordenador, estabelecer metas de dividir as tarefas. Buscar as melhores experiências internacionais”, diz. Ele defende a adoção de um ajuste fiscal para trazer confiabilidade à economia nacional.
Caso seja eleito, Ciro se comprometeu a isentar a tributação indireta das indústrias, mas quer adotar o imposto de lucros e dividendos para os milionários que possuem patrimônios acima de R$ 20 milhões. Ele propõe a taxa de 0,5% para os 58 mil empresários que estão nesta situação.