A enfermeira Mônica Calazans foi a primeira brasileira a receber a dose da vacina Coronavac
O Brasil completa um ano de vacinação contra a covid-19, nesta segunda-feira (17), após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar caráter emergencial a Coronavac (Instituto Butantan) e AstraZeneca (Fiocruz).
Minutos após o anúncio da agência, a enfermeira Mônica Calazans, com 54 anos foi a primeira brasileira a receber a dose da vacina em evento realizado pelo governo de SP, no Hospital das Clínicas, com a presença do governador João Doria. A vacina foi aplicada pela enfermeira Jéssica Pires de Camargo da Coordenadoria de Controle de Doenças e mestre em Saúde Coletiva pela Santa Casa de São Paulo.
Em Guarulhos, a técnica em enfermagem Vanuzia Costa Santos, moradora da aldeia multiétnica Filhos Dessa Terra, no Cabuçu – chamada de Vanuza Kaimbe – foi a primeira indígena do Brasil a se vacinar contra a covid-19.
Um ano depois de começar a vacinação contra a covid-19, o Brasil se aproxima do patamar de 70% da população com as duas doses, enquanto 15% já receberam a dose de reforço e cerca de 75% receberam ao menos a primeira dose, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A campanha coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) já tinha atingido 68% dos brasileiros com as duas doses até a última sexta-feira (14) e dá agora os primeiros passos para proteger crianças de 5 a 11 anos.
A primeira criança vacinada contra a covid foi o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, da etnia xavante, no Hospital das Clínicas, em evento simbólico, na sexta-feira (14) .
Desde então, três em cada quatro brasileiros receberam ao menos a primeira aplicação de um dos quatro imunizantes adquiridos pelo PNI (Programa Nacional de Imunização): AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer.
Vacina reduz casos graves
A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, reforça que as vacinas reduziram a ocorrência de casos graves e mortes na pandemia, mesmo que a ascensão de variantes mais transmissíveis tenha provocado novas ondas de disseminação do coronavírus.
“Não conseguimos ganhar do aparecimento de variantes, principalmente porque não houve uma vacinação em massa no mundo inteiro simultaneamente. Então, em lugares em que havia condições de alta transmissibilidade, surgiram variantes”, afirma ela.
Mônica acrescenta: “Mas as vacinas se mostraram eficazes contra formas graves e mortes mesmo nesse contexto de variantes. Neste momento, com a Ômicron, a explosão do número de casos não foi acompanhada nem pelos casos de internação nem pela mortalidade. E isso se deve à vacinação. As vacinas cumpriram o papel principal e mais importante: salvar vidas”.
(Com informações da Agência Brasil)